Energia: Pesquisas buscam soluções para problema de energia



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Projetos de pesquisa financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) trazem novas perspectivas para os meios tradicionais e alternativos de produção de energia elétrica. A demanda de energia no país cresceu 5 mil MW/ano, enquanto a oferta de geração aumentou em apenas 3 mil MW/ano. Entre os estudos estão o desenvolvimento de softwares para melhorar o rendimento energético das usinas hidrelétricas, a otimização do uso de bagaço de cana-de-açúcar, células a combustível e novos painéis solares. Conheça agora esses projetos: 1 - A equipe do professor Secundino Soares Filho, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), desenvolve dois softwares que podem melhorar em 5% o rendimento energético de usinas hidrelétricas, fonte de 92% da eletricidade do país. Um deles melhora o rendimento das turbinas e outro otimiza o gerenciamento da água estocada nos reservatórios. 2 - Assessor para a área de energia da Reitoria da Unicamp, o professor Isaías Carvalho Macedo pesquisa a transformação, a médio prazo, do bagaço e da palha da cana-de-açúcar em importantes componentes da matriz energética brasileira. O sistema de geração de energia com bagaço é relativamente simples e o domínio desta tecnologia de produção de energia já existe há mais de vinte anos no Brasil. No entanto, o objeto do estudo atual é um novo processo: a gaseificação de biomassa e uso de turbina a gás. Bem ajustado, esse sistema pode render mais 1.500 megawatts de energia elétrica para o país. 3 - A pesquisa do professor Oscar Antônio Braunbeck, coordenador do Laboratório de Projetos e de Máquinas Agrícolas da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, desenvolve tecnologia para mecanizar a colheita de cana-de-açúcar. A mecanização do processo é a única alternativa para o aproveitamento da palha, pois pode evitar a queimada dos canaviais, prática que atinge 80% das plantações. Os pesquisadores devem realizar testes com o primeiro protótipo da máquina no final da safra de 2003 e implantar o projeto em uma indústria em 2005. O aproveitamento da palha pode render mais 1.000 MW de energia elétrica. 4 - A ampliação do emprego de células fotovoltaicas fabricadas com material mais barato para aproveitamento da energia solar é tema do estudo do Laboratório de Fotoquímica Inorgânica e Conversão de Energia do Instituto de Química da USP. Sob a coordenação da professora Neyde Yukie Murakami Iha, a equipe do projeto desenvolveu uma célula solar fotoeletroquímica que poderá custar a metade das células existentes no mercado. 5 - No Laboratório de Polímeros Condutores e Reciclagem do Instituto de Química da Unicamp o professor Marco Aurélio de Paoli desenvolve uma célula eletroquímica com eletrólito sólido e seco. A patente desta célula foi registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial, INPI. Atualmente está em preparo uma célula que utiliza um substrato de plástico flexível. 6 - O pesquisador Antônio César Ferreira, da empresa UniTech, desenvolve um projeto no âmbito do Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas, PIPE, da FAPESP - para colocar no mercado as primeiras unidades de célula a combustível, capazes de gerar eletricidade para residências e pequenas indústrias. O combustível é o hidrogênio extraído do gás natural. 7 - Ernesto Rafael Gonzalez do Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo foi o primeiro pesquisador brasileiro a estudar células a combustível. O trabalho de sua equipe gerou uma patente sobre um método de fabricação de catalisadores para células ainda não utilizado comercialmente. Hoje, Gonzalez coordena um projeto voltado para a eletrocatálise e células a combustível. 8 - O grupo do professor Marcelo Linardi, do Instituto de Pesquisas Nucleares e Energéticas, Ipen, está finalizando o desenvolvimento de eletrodos e outros processos ligados às células a com

07/13/2001


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