Entrevista do governador Geraldo Alckmin após a desativação da carceragem do 40º Distrito Policial d



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Pergunta – Sobre o seqüestro da filha do diretor da Casa de Custódia de Taubaté, de que forma se deu? Alckmin – Nós estamos muito felizes. Primeiro, porque foi libertada a seqüestrada, a senhora Eulália, ilesa, bem de saúde, sem nenhum problema. Foi salva uma vida, que é o mais importante. Segundo, a polícia descobriu, estourou o cativeiro, prendeu os seqüestradores e agiu com absoluta competência. Além disso, o Governo não transigiu com nenhuma dessas chantagens absurdas que essas pessoas faziam. Pergunta – (incompreensível) negociar? Alckmin – Não houve nenhuma negociação, não houve nenhum entendimento. Eram chantagens absurdas, a polícia estourou o cativeiro, libertou a seqüestrada e prendeu os seqüestradores. A polícia vai, depois, detalhar, toda a operação. Quem participou, quem está preso, quem está sendo procurado, a origem disso. Ela vai detalhar essa operação policial, aquilo que for da área da Segurança Pública. Pergunta – Os seqüestradores são do PCC. Já está comprovado isso? Alckmin – É possível. Eu não tenho ainda esta confirmação. A informação que eu tenho é que existia um seqüestrador ao lado da vítima e ele está preso. Vai ser verificado agora se pertence, se não pertence, os demais quem são. A polícia já tem todas essas informações e poderá transmitir depois a vocês de maneira detalhada toda a operação. Mas o importante é que a doutora Eulália está salva, íntegra, ilesa, em liberdade. O Governo não transigiu em nenhum momento com o crime organizado. Nem vai fazê-lo. A penitenciária de segurança máxima de Taubaté continua e o Governo está construindo uma segunda penitenciária de segurança máxima em Presidente Bernardes. O bandido foi preso, outros serão presos e a polícia agiu com eficiência. Pergunta – Inaudível Alckmin – O secretário da Segurança Pública, Marco Vinício Petrelluzzi, disse que tem mais dois presos. Então, são três presos, por enquanto. Pergunta – O senhor aprovou a ação da polícia? Alckmin – Eu acho que a polícia agiu com eficiência, com competência e eu queria também destacar a seriedade do senhor Pedrosa. Ele era o diretor da Casa de Custódia de Taubaté cuja filha foi seqüestrada e teve um comportamento que merece todo o nosso respeito, toda a nossa consideração. Pergunta – Ele não é mais o diretor? Alckmin – Ele é o diretor, é claro. É rotina quando alguém é seqüestrado, algum parente, por questão de segurança, a substituição é automática. Até para a pessoa não ter um familiar seqüestrado e estar respondendo pela penitenciária. Então, imediatamente foi colocado um substituto. Mas eu queria destacar o comportamento, o espírito público, cívico do Pedrosa. Pergunta – Com esse acontecimento ligado ao PCC a segurança dos diretores de penitenciárias, casas de detenção, distritos, e seus familiares será reforçada? Alckmin – Olha, o importante é o seguinte: está acontecendo uma grande reforma no sistema penitenciário. Veja o ato de hoje. Nós estamos aqui, no Distrito do Limão, desativando mais uma carceragem em Distrito Policial. Por quê? Porque o Governo está fazendo CDPs, Centros de Detenção Provisória, com segurança, com muralha, sem superlotação. De maneira adequada para dar segurança à população e permitir melhor ação da Polícia Civil. Ontem, decidimos mais um CDP em Mogi das Cruzes. Nós faremos mais um Centro de Detenção Provisória para tirar os presos da cadeia de Mogi e da região Leste da Grande São Paulo. Está havendo uma grande reforma no sistema penitenciário: a construção de novas penitenciárias; mais uma penitenciária de segurança máxima; a desativação da Casa de Detenção do Carandiru, que não oferece as condições adequadas de segurança; a construção dos Centros de Ressocialização, em número de dez; e a construção dos CDPs. Pergunta – Mas a segurança dos diretores será reforçada? Alckmin – A segurança dos diretores ou dos familiares, isso está sendo tratado pelas secretarias da Segurança Pública e da Administração Penitenciária. A hora em que eles forem

04/19/2001


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