Especial D.O. 2: Preconceito ainda cerca a doença



Em cerca de 80% dos casos, os pacientes podem ser controlados com medicação e acompanhamento médico adequado

O fato de serem portadores de epilepsia não impediu que várias personalidades históricas se destacassem em diferentes campos de atividades. É o caso, entre outros, de Júlio César, Molière, Dostoievsky, Alfred Nobel, Isaac Newton, Beethoven e Machado de Assis. Apesar de ser o distúrbio de maior incidência no cérebro, a epilepsia ainda carrega muitos estigmas e preconceitos. Não se trata de uma única doença ou síndrome, mas de um grupo de males que têm como conseqüência comum crises epilépticas recorrentes, sem um fator externo desencadeante, que acomete tanto a população adulta como a infantil. No Brasil, a epilepsia afeta 1,3% da população. Em cerca de 80% dos casos, os pacientes podem ser controlados com medicação e acompanhamento médico adequado.

É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, não causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de epilepsia, não significando que o problema tenha menos importância.

Sintomas

Em crises de ausência, a pessoa apenas apresenta-se "desligada" por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises parciais simples, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória.

Crises tônico-clônicas ocorrem quando primeiramente o paciente perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido; depois, as extremidades do corpo tremem e contraem-se. Existem, ainda, vários outros tipos de crises. Quando duram mais de 30 minutos sem que a pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais. As drogas antiepilép

09/15/2006


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