Especial D.O.: Mortalidade infantil no Estado teve queda de quase 6% no ano passado
Assistência ao recém-nascido, expansão do saneamento básico e campanhas de vacinação são os principais motivos da redução
A mortalidade infantil no Estado de São Paulo em 2005 foi de 13,5 óbitos de crianças de um ano por mil nascidos vivos, o menor índice já registrado, o que representa queda de 5,6% na comparação com 2004, e de 20,7% ante 2000. As estatísticas vitais do ano passado foram divulgadas pela Fundação Seade. Os dados são resultado da criação de metodologia inovadora, que permite a elaboração de uma base unificada de nascimentos e mortes. Tal metodologia considerou a integração dos bancos de dados do Seade, que tradicionalmente organiza as informações coletadas nos cartórios de Registro Civil, com os bancos de dados dos sistemas municipais de saúde, processados pelas secretarias municipais com base nas informações hospitalares. A base resultante desse procedimento é mais completa, por incorporar todos os eventos captados pelos dois sistemas, e apresenta maior precisão, por introduzir mecanismos contínuos de consistência dos dados. As informações relativas à mortalidade de crianças menores de um ano, por exemplo, são estatísticas utilizadas para aferir as condições de vida da população. Com o relatório, é possível verificar a continuidade da tendência de redução da mortalidade infantil, tanto para o Estado como para a capital.
Por regiões
Assistência ao recém-nascido, expansão do saneamento básico e campanhas de vacinação são os principais motivos apontados pelo estudo para a queda da taxa. Entre as regiões, observa-se decréscimo em 13 das 24 Direções Regionais de Saúde (DIR). Em 9 delas registram-se aumentos, mas somente na DIR de Araçatuba essa elevação superou 5%. Nas de Presidente Prudente e de São José dos Campos, a taxa de mortalidade infantil permanece quase no mesmo nível do ano anterior. Observam-se diferenças muito acentuadas: a taxa registrada na DIR de Araçatuba (19,5 por mil) é praticamente o dobro da de Barretos (9,8 por mil), a menor do Estado. Em relação a 2004, as reduções mais significativas foram observadas nas DIRs de São José do Rio Preto (25%) e de Barretos (20%). Em relação a 2000, as retrações mais expressivas de óbito infantil (ao redor de 40%) ocorreram nas DIRs de Barretos e de Registro, ao passo que somente na DIR de Araçatuba cresceu durante esse período (20%). Em 244 cidades do Estado, a taxa ficou abaixo de dois dígitos, nível comparado aos de países desenvolvidos da Europa. No site da Fundação Seade (www.seade.sp.gov.br), estão disponíveis todas as informações de nascidos vivos, óbitos de menores de um ano e taxas de mortalidade infantil para o Estado, DIRs,
06/16/2006
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