Especialistas alertam para aumento de doenças respiratórias em períodos chuvosos



O excesso de chuvas e a umidade do ar vêm causando efeitos nocivos à saúde. Nesse tempo de variações climáticas, aumenta o número de atendimentos nos postos de saúde devido a gripes, resfriados, alergias e problemas respiratórios.

Os especialistas explicam que a elevação da umidade acompanhada de alterações da temperatura e do resfriamento do corpo provoca o enfraquecimento do sistema imunológico, favorecendo a penetração de vírus, fungos e ácaros, responsáveis pela transmissão de doenças.

Muitas vezes, os sintomas confundem as pessoas. O que parece uma gripe pode ser apenas uma reação alérgica. Em alguns casos, o consumo desorientado de remédios pode prejudicar o estado de saúde. De acordo com a infectologista e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Nancy Bellei, o correto é procurar atendimento médico assim que os sintomas aparecerem. “Dois dias de reações são suficientes para a procura de orientação médica”, disse.

Crianças com menos de dois anos e adolescentes, segundo os pneumologistas, são os que mais apresentam dificuldades respiratórias, em especial rinite, mas 30% da população porta algum tipo de alergia que pode se complicar no período chuvoso. Esse conjunto de sintomas, acompanhando de febre, se não tratado pode evoluir para uma situação mais grave como pneumonia, por exemplo.

As viroses também costumam surgir neste período, sendo responsáveis pela redução da resistência orgânica e favorecendo complicações por bactérias, como sinusites infecciosas, bronquites e pneumonia. Os médicos alertam que é preciso observar a duração da patologia. Um resfriado comum dura entre três e quatro dias. Se ultrapassar este período, pode se tratar de uma infecção bacteriana e é necessária uma avaliação médica mais detalhada.

Gripe A
Em período de chuva, as possibilidades de infecção da Gripe A (H1N1) são maiores. A Gripe A é uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza, que circula no ar. As pessoas com alguma doença respiratória crônica, com fraqueza imunológica e idosos têm tendência a infecções graves com possibilidade de complicações fatais. Os sintomas são piores do que os da gripe comum, com febre, calafrios, suor excessivo, tosse seca, dores musculares, fadiga, dor de cabeça, congestão nasal e irritação na garganta.

Atualmente, o MS realiza a segunda e terceira fase da campanha, voltada para a população entre 20 e 29 anos, grávidas, crianças de seis meses aos dois anos e portadores de doenças crônicas.

Fonte:
Ministério da Ciência e Tecnologia

 



13/04/2010 09:50


Artigos Relacionados


Dicas de higiene são apresentadas para prevenir doenças respiratórias

Ministério alerta para gripe e demais doenças respiratórias durante o inverno

Emílio Ribas alerta para o risco de doenças respiratórias durante o outono

Fundacentro disponibiliza cartilha de prevenção a doenças respiratórias

Especialistas alertam para ameaças potenciais ao Brasil

Especialistas alertam para incerteza no Norte da África