Estação Ciência ganhará parque temático sobre a pele



Congresso médico doará exposição à Estação Ciência. A Dermatúnel, usa recursos audiovisuais, cenários e tecnologia para tratar da pele

Nesse mês de setembro, os paulistanos ganharão seu primeiro “parque temático” sobre a pele, o Dermatúnel. Cenários, recursos audiovisuais e tecnologia irão transmitir, em linguagem simples e de maneira divertida, informações científicas e médicas sobre dermatologia. A exposição interativa, que estará presente no 62º Congresso da Sociedade de Dermatologia, de 2 a 5 de setembro, depois será doada ao museu Estação Ciência da USP, onde poderá ser visitada permanentemente.

"Nosso objetivo é presentear os paulistanos com uma atividade lúdica e educativa, que incentive bons hábitos, para garantir os cuidados com a pele e a prevenção de doenças", explica o professor Jayme de Oliveira Filho, presidente do congresso e idealizador do Dermatúnel. “Nesse ambiente temático, pretende-se que as pessoas entendam o trabalho do dermatologista, que vai muito além de cuidar de questões estéticas”, diz Chao Lung Wen, membro-colaborador da Sociedade Brasileira de Dermatologia e chefe da Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina (FM) da USP.

A visita ao Dermatúnel começa com uma viagem ao centro da pele. Somada a cenários e recursos de som e iluminação, a narrativa leva os visitantes, como num processo de miniaturização, a um “passeio” entre as estruturas da pele, representadas por meio de imagens dinâmicas tridimensionais, projetadas em telões. As imagens são criadas por computação gráfica e fazem parte do Projeto Homem Virtual da Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP.

Após aprender sobre a anatomia, função e importância da pele, os visitantes passam para os módulos seguintes, que apresentam informações didáticas a respeito de doenças, assim como orientações sobre prevenção e tratamento. O Dermatúnel também aborda os cuidados necessários para manter a saúde e a beleza da pele. Todos os módulos contam com o Homem Virtual, que ajuda na visualização e compreensão rápida dos temas da exposição. São eles: ciclo do pêlo e doenças que afetam os cabelos, acne, DST, hanseníase (conhecida antigamente como lepra), fotoproteção e câncer de pele, envelhecimento e hidratação da pele.

O Dermatúnel possui oito módulos, cada um com 64 metros quadrados, interligados por túneis, totalizando 810 metros quadrados de área construída. A visita dura em média 45 minutos. Ao final, cada visitante receberá gratuitamente um CD educativo, com três vídeos do Homem Virtual (acne, hanseníase e ciclo do pêlo).

Estação Ciência

Depois do Congresso, os oito ambientes do Dermatúnel serão transferidos para o Centro de Difusão Científica, Tecnológica e Cultural da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (Estação Ciência) da USP. “É um desperdício usarmos todo esse material, considerando todo o gasto tido com construção de enredos e cenários, apenas durante 5 dias e depois jogá-lo fora”, observa o presidente do congresso, que completa: “na Estação Ciência, a população poderá ser continuamente educada sobre toda a temática debatida no Congresso”.

Para transferir todo o material do Dermatúnel ao museu, a Disciplina de Telemedicina da FM, dentro do Projeto Jovem Doutor (uma iniciativa de promoção de saúde, qualidade de vida e preservação do meio ambiente através da Telemedicina), realizará uma gincana entre universitários. Equipes de estudantes da área de saúde juntamente com estudantes de arquitetura estudarão e desenvolverão uma forma de adequar os ambientes do Dermatúnel dentro do espaço da Estação Ciência. A equipe que apresentar melhor desempenho será premiada. “É uma forma de estimular a integração dos alunos da USP em prol da modernização da própria USP”, conta Wen.

Vanessa Portes

Da Agência USP de Notícias

(R.A.)



08/31/2007


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