Estado chega a 30 mil transplantes de córnea
Tempo médio na fila, que já foi de um 1 ano e 7 meses, agora é de 4 meses
Transplante de córnea com hora marcada e sem espera. Essa pode ser, em pouco tempo, a realidade do Estado de São Paulo, que acaba de chegar à marca histórica de 30 mil cirurgias realizadas desde o ano 2000, quando a Secretaria da Saúde passou a gerenciar a distribuição do tecido e a inscrição de pacientes na Central de Transplantes, órgão da pasta. Antes, os contatos para a captação eram feitos diretamente entre os hospitais e os bancos de olhos.
A lista de pessoas que aguardam pelo tecido tem diminuído graças ao aumento da captação e em conseqüência do número de transplantes realizados. De janeiro a 19 de maio deste ano, foram feitas 2.132 cirurgias, aumento de 23% em relação ao mesmo período de 2007, quando houve 1.733 transplantes. O recorde em um único ano ocorreu em 2006, com 5.303 procedimentos cirúrgicos.
O crescimento da captação de córneas no Estado se deve a uma parceria, estabelecida em 2005, entre a Secretaria de Estado da Saúde e o Banco de Olhos de Sorocaba, considerado o mais qualificado do País. A instituição passou a captar o tecido em hospitais da Grande São Paulo, reforçando o trabalho das Organizações de Procura de Córneas (OPC), as quais já atuavam nessa região. Fim da fila – Atualmente, há 1,7 mil pacientes na lista de espera por uma córnea no Estado, contra 2,7 mil em maio do ano passado – redução de 37%. A queda vem sendo constante. No início de 2006, o número era de 4,5 mil, e no começo de 2005, de 5,4 mil. Na Grande São Paulo, a fila caiu de três mil pessoas em 2005, para 580 hoje. Se o ritmo for mantido, a secretaria espera eliminá-la nos próximos dois anos.
Também houve expressiva redução no tempo médio para a realização de um transplante de córnea, que já foi de um ano e cinco meses em 2004. Hoje está em torno de quatro meses no Estado. Na capital e Grande São Paulo, o tempo é ainda menor, de dois anos e nove meses, em média. “São Paulo tem apresentado resultados significativos em transplantes e caminha para o fim da fila de pacientes à espera por uma córnea. Mas precisamos redobrar os esforços para ampliar ainda mais o número de doações, sensibilizando a sociedade e capacitando os profissionais de saúde responsáveis pelo contato com familiares de potenciais doadores”, ressalta o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
Da Secretaria da Saúde
06/04/2008
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