Saúde: Fila para transplante de córnea despenca 40% no Estado de SP
É o que aponta balanço da Secretaria de Estado da Saúde.
A Central de Transplantes encerrou o mês de agosto com 3.129 pacientes na lista de espera pelo tecido. No mesmo período de 2003 eram 5.265 inscritos.
O resultado é fruto do aumento na captação de córneas e, conseqüentemente, dos transplantes realizados. De janeiro a agosto deste ano foram feitas 3.492 cirurgias no Estado, 13% a mais do que no mesmo período de 2005, quando houve 3.098 transplantes, e 56% superior às 2.237 operações realizadas entre janeiro e agosto de 2004.
Se o mesmo ritmo for mantido, São Paulo encerrará o ano com recorde histórico no número de transplantes de córneas, que deverá superar a marca das 5.000 cirurgias. O recorde anterior foi em 2005, com 4.620 transplantes.
“É um avanço expressivo. Os pacientes estão esperando cada vez menos tempo para receber uma córnea. E o aprimoramento do trabalho de captação pelos Bancos de Olhos vem fazendo com que cada vez mais famílias autorizem a doação”, afirma o coordenador da Central de Transplantes, Luiz Augusto Pereira.
Órgãos
Também houve aumento no número de transplantes de órgãos no Estado. De janeiro a agosto foram realizadas 750 cirurgias, 9% a mais do que no mesmo período de 2005, com 686 transplantes.
O universo de potenciais doadores de órgãos é menor que o de córneas, já que a retirada de um órgão para transplante só pode ocorrer com o coração do paciente ainda batendo após a morte encefálica. Já as córneas podem ser aproveitadas mesmo após a parada cardíaca do doador.
A Secretaria incentiva constantemente a doação de órgãos. Veículos oficiais da frota estadual, principalmente os da Polícia Militar, circulam nas ruas desde o ano passado com a inscrição “Incentive a Doação de Órgãos”. Em agosto último foi iniciada nova campanha, com a distribuição de cupons-pedágio em estradas do interior paulista para esclarecer os principais mitos sobre a doação de órgãos e tecidos. Os recibos trazem informações no verso, tirando dúvidas da população.
“É muito importante que a população tenha acesso às principais informações sobre doação e transplante de órgãos, sabendo o que é fato e o que é mito. Somente assim as famílias terão a compreensão do processo, o que certamente contribuirá para aumentar ainda mais o número de pacientes transplantados”, afirma o coordenad
09/11/2006
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