Estado diz que dengue dá primeiro sinais de queda








- Estado diz que dengue dá primeiro sinais de queda

- O secretário estadual de Saúde, Gilson Cantarino, diz que o pior da epidemia de dengue no Rio já passou. Segundo ele, a tendência é de queda no número de casos e o pico da doença teria sido em janeiro.

O último balanço do estado mostra que em janeiro foram notificados 32.684 casos (média diária de 1.054) contra 19.279 (média de 714) em fevereiro.
A previsão é compartilhada pelo infectologista Edmilson Migowski e pelo epidemiologista Roberto Medronho, ambos da UFRJ. Eles dizem que o fato de muita gente já ter sido infectada pelo vírus 3 faz o número de doentes cair. É a chamada barreira imunológica, que protege quem ainda não teve a doença. (pág. 1)

- O ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, disse ontem que a Polícia Federal cumpriu o seu papel e seguiu ordens da Justiça Federal ao promover, na sexta-feira, uma ação de busca e apreensão no escritório de Jorge Murad, marido da governadora do Maranhão e pré-candidata do PFL à Presidência, Roseana Sarney. Murad é acusado de envolvimento de fraudes contra a Sudam.

O presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, divulgou nota considerando a operação uma "invasão armada ocorrida com evidente intuito político de prejudicar a imagem da governadora". A acusação foi rebatida pelo ministro da Justiça: "na minha gestão, a PF não serve de instrumento de perseguição e nem de favor político. Doa a quem doer", disse Aloysio.

O ministro admitiu ainda que foi informado previamente da operação, mas que a considerou irrelevante, tanto que nem avisou o presidente Fernando Henrique Cardoso. A PF encontrou R$ 1,5 milhão em espécie na busca feita no escritório de Murad. O dinheiro estava guardado em gavetas, segundo revela a revista "Época" na edição que chegou sábado às bancas. (pág. 1 e 3 a 5)

- Documentos publicados pela revista "Época" mostram que a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, pré-candidata do PFL à Presidência da República, é sócia de seu marido, Jorge Murad, no Escritório Lunus, Serviços e Participações, onde a Polícia Federal fez operação de busca e apreensão durante cerca de nove horas, anteontem, em São Luís.

No registro da nona alteração contratual da empresa, feito em 1999 na Junta Comercial, constam como sócios Roseana Sarney Murad, Jorge Francisco Murad Júnior e Severino Francisco Cabral, sendo que este último sócio possuía apenas 0,23% das cotas da Lunus. (pág. 4)

- A queda dos juros básicos, a indicação do Banco Central de que aceitará uma inflação acima de 3,5% em 2002 e a situação mundial mais favorável melhoraram as estimativas de crescimento da economia brasileira para este ano.

Analistas dizem que o Produto Interno Bruto deve crescer 3%. Se confirmada a taxa, poderão ser criados 450 mil novos postos de trabalho no País, principalmente no comércio e no setor de serviços. (pág. 1 e 35)

- Estudo do economista Ricardo Paes de Barros, do Ipea, mostra que a redistribuição de renda dentro das regiões tem um resultado superior à transferência de renda das regiões mais ricas do País para as mais pobres.

Igualando-se a renda das regiões mais pobres ao nível de desigualdade das mais ricas, a pobreza baixa dos atuais 15% para 11% da população. (pág. 2 e 36)

- Andar com todos os documentos depende cada vez mais do quanto se tem no bolso. O valor de taxas cobradas por CPF, passaporte, carteira de motorista e registro de casamento pode chegar a R$ 368,80, fora fotografias e cópias autenticadas. De graça, só as primeiras vias da carteira de identidade, de trabalho e os registros de nascimento e de óbito. (pág. 2 e 37)

- "A penitenciária é a hemodiálise do crime. É onde ele se refaz." A frase da secretária nacional de Justiça, Elizabeth Sussekind, resume o estado do sistema: obras atrasadas, projetos equivocados, super-lotação (233.859 presos e déficit de 62 mil vagas) e falta de pessoal capacitado para controlar esse barril de pólvora sempre prestes a explodir. (pág. 2 e 14)

- A situação é dramática. Os principais clubes do Rio, assim como de outros estados, estão afundados em dívidas e com a queda de receita prevista para o segundo semestre correm o risco de falir. Flamengo e Vasco têm dívidas próximas de R$ 200 milhões e estão sem patrocinadores, depois dos problemas com a ISL e o Bank of América. (pág. 2, 50 e 51)

- A prefeitura vai mapear e cercar as nascentes de água da cidade. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente começa a sinalizar já na próxima semana 73 mananciais na Tijuca, a maioria deles degradada. Uma licitação vai escolher uma empresa para identificar e proteger outras nascentes nos maciços da Tijuca, da Pedra Branca e do Mendanha. (pág. 33)

- Os empresários do setor hoteleiro estão investindo pesado em estabelecimentos de luxo no Rio. O edital do leilão do Hotel Nacional será publicado esta semana; o designer francês Phillippe Starck pretende construir um hotel na cidade; e representantes das redes Four Seasons e Hyatt estão de olho em espaços cariocas para fincar suas bandeiras. (pág. 32)

- Não é à toa que nasce, das bases da oposição, um movimento pela união nacional dos partidos de esquerda desde já, numa antecipação do segundo turno da disputa presidencial. Mantidas suas três atuais candidaturas - as de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Anthony Garotinho (PSB) e Ciro Gomes (PPS) - a oposição corre o sério risco de entrar numa autofagia nessas eleições. E sair dela bem menor do que hoje.

Agora, por força da última decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o confronto entre os partidos de esquerda já está armado em 17 estados. Em sete deles, estão montados, desde já, três palanques diferentes de oposição. E são justamente os lugares onde esses partidos poderiam ganhar maior fôlego eleitoral: São Paulo, Rio, Minas, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. (pág. 8)


Colunistas

PANORAMA POLÍTICO - Tereza Cruvinel

Com seus movimentos eleitorais paralisados, os partidos aguardam a resolução que o TSE publicará na terça-feira, esclarecendo as dúvidas suscitadas pela exigência de simetria entre as coligações nacionais e as estaduais. Mais do que tudo, querem saber o que acontece com partido que não lançar ou apoiar candidato a presidente.

Pode coligar-se com quem quiser no pleito estadual ou não pode coligar-se com ninguém, como entende o ministro Sepúlveda Pertence? A primeira hipótese nega o fundamento da decisão principal, a de impor coerência aos partidos. A segunda seria de uma violência inconcebível. (...) (pág. 2)

(Ancelmo Gois) - Acredite. Estão paradas quatro termoelétricas, novinhas em folha, que juntas representam um investimento de US$ 1 bilhão.

Entre elas, duas grandonas: a Macaé Merchant, de 512 MW, que pertence a El Paso, e a Eletrobold, da Enron, capaz de gerar 360 MW.

Elas não têm a quem vender a energia que produzem.

O mercado de energia só está disposto a pagar R$ 8 por MWh, uma mixaria que não cobre os custos de geração.

No ápice da crise de energia, a cotação no mercado livre chegou a R$ 336.

  • As notas de R$ 10 de plástico foram rejeitadas pela turma que manuseia dinheiro o tempo todo (caixa de banco e de lojas). Uma pesquisa do Ibope, feita a pedido do Banco Central, mostra que 52% desse público específico prefere a cédula de papel.

    A alegação principal é de que a cédula de polímero gruda uma na outra. Mas junto ao povão o dinheiro plástico é melhor para 77%: a voz do povo diz que elas não rasgam fácil, se molhar não estragam e são mais resistentes. Apesar disso o BC não pensa em voltar a fabricar dinheiro de plástico. Tanto que a cédula de R$ 20, que sairá em maio, será de papel. (pág. 14)


    Editorial

    "DEVER DE CASA"

    O desempenho da economia brasileira em 2001 foi aquém do necessário para um aumento da renda média nacional. No entanto, considerando-se os diversos constrangimentos, internos e externos, que o País precisou enfrentar ao longo de 2001, a expansão de 1,651% no Produto Interno Bruto (PIB) não foi um mau resultado, pois ao menos não se deu passos para trás. (...)
    O Brasil ainda está em uma fase de transição, com reformas estruturais em andamento e outras por fazer. A médio e longo prazos, poderemos ter uma economia mais forte e competitiva. Depende de nós. (pág. 6)


    Topo da página



    03/03/2002


    Artigos Relacionados


    Dengue cai 92% no primeiro bimestre em todo o estado

    Inadimplência do consumidor aumenta no primeiro bimestre, mas dá sinais de acomodação

    Alckmin anuncia queda de 93% nos casos de dengue em SP

    Casos de dengue caem 80% no primeiro bimestre de 2014

    São Paulo registra primeiro caso de dengue tipo 4

    Amazonas registra primeiro caso de dengue tipo 4