Estado e Prefeitura de SP vão construir moradia para pessoas com deficiência mental
Unidades devem estar prontas até o final de agosto
O Governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo assinaram no último dia 4 o convênio para implantação de moradias provisórias que garantam atenção integral às pessoas com deficiência mental grave e em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social. Até o final de agosto, as unidades deverão estar prontas.
A parceria envolve as Secretarias Estadual e Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e Secretaria Municipal de Saúde e prevê inicialmente a construção de duas moradias; uma com capacidade para 12 adolescentes (12 anos a 17 anos e 11 meses) e outra para 12 adultos do sexo masculino (acima de 18 anos).
O encaminhamento dos atendidos para as moradias será feito após avaliação de especialistas dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) da Prefeitura, ou por ordem judicial quando forem esgotadas todas as possibilidades de permanência na família e de atendimento por abrigos regulares.
Cada unidade contará com equipe técnica formada por psicólogo, assistente social, enfermeiro, técnicos de enfermagem, terapeuta ocupacional, orientadores socioeducativos, cozinheiros, agentes operacionais, além de assessoria técnica de nutricionista. Os imóveis atenderão as normas da vigilância sanitária, acessibilidade e segurança.
Além do abrigamento provisório, as unidades proporcionarão atividades específicas para estimular a autonomia dos atendidos, acesso aos serviços de saúde e ao sistema de ensino público e inclusão em programas de transferência de renda. Caberá também à equipe técnica de cada moradia desenvolver ações socioeducativas e de lazer.
A entidade Casa de Isabel, conveniada com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) ficará responsável pelo atendimento direto. A administração das vagas, a supervisão, o monitoramento e a avaliação das moradias serão feitas por um grupo operacional com representantes das Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde e Assistência e Desenvolvimento Social.
“Essas pessoas que serão atendidas são a exclusão da exclusão. Esta ação, apesar de parecer pequena, tem enorme valor, justamente pela necessidade deste público”, diz o secretário estadual de Assistência e Desenvolvimento Social Rogerio Amato.
Após avaliação desta proposta inovadora, serão construídas mais duas moradias na cidade de São Paulo com capacidade para 12 pessoas em cada e divisão entre adolescentes e adultos, totalizando 48 vagas.
Da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social
(I.P.)
07/09/2008
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