ESTEVÃO DIZ QUE CONTINUA À DISPOSIÇÃO PARA PRESTAR ESCLARECIMENTOS À CPI



O senador Luiz Estevão (PMDB-DF) disse acreditar que, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Poder Judiciário, no último dia 30, prestou as informações necessárias para dirimir as dúvidas sobre seu envolvimento com o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, a construtora Incal e o dono da empresa, Fábio Monteiro de Barros. A Incal é responsável pela construção do edifício que vai abrigar o fórum de primeira instância do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. Há fortes suspeitas de que a obra, iniciada enquanto Nicolau era presidente do tribunal, tenha sido superfaturada em mais de R$ 100 milhões.Estevão afirmou, entretanto, que continua disponível para futuros esclarecimentos, como vem fazendo desde que seu nome e os de suas empresas apareceram nas investigações da CPI, no cruzamento de ligações telefônicas e como beneficiários de depósitos bancários feitos pela Incal e por Monteiro de Barros.- Desde o início desse questionamento, eu, por escrito, me dirigi à direção da CPI, dizendo que estava à disposição para qualquer esclarecimento que seja necessário, através da minha presença ou de um documento a ser enviado. Continuo, da mesma forma, à disposição da CPI, mas tenho a convicção e a certeza de que os esclarecimentos que dei são suficientes para deixar muito claro o não envolvimento da minha pessoa ou das minhas empresas no caso da construção desse tribunal em São Paulo - afirmou Estevão à Agência Senado, comentando a repercussão de seu depoimento à CPI.O senador destacou ainda o fato de que as irregularidades na construção e as suspeitas de superfaturamento começaram antes de ele ter sido eleito senador:- Precisa ficar claro que eu assumi o mandato no dia 1º de fevereiro, os trabalhos legislativos começaram em 22 de fevereiro de 1999 e essa obra está paralisada desde julho de 1998. Portanto, eu rigorosamente não tenho nada a ver com a sua execução - declarou.

16/07/1999

Agência Senado


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