Estoque da dívida pública federal chega a R$ 1,585 trilhão em abril
O Ministério da Fazenda divulgou as emissões da Dívida Pública Federal (DPF) no mês de abril, nesta quinta-feira (20). No mês , o resultado foi de R$ 104,3 bilhões, incluindo a operação direta de R$ 74,2 bilhões ao BNDES, e os resgates de R$ 24,58 bilhões, resultando numa emissão líquida de R$ 79,77 bilhões.
O estoque da DPF aumentou 6,02% comparando o valor de R$ 1,585 trilhão em abril, perante os R$ 1,495 trilhão em março, um aumento de R$ 90 bilhões, dos quais R$ 80 bilhões correspondem a emissão líquida e R$ 10 bilhões a apropriação de juros, conforme explicou o coordenador-adjunto de operações de dívida da Secretaria do Tesouro Nacional, José Franco de Morais.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) passou de R$ 1,400 trilhão em março para R$ 1,492 trilhão em abril, variando 6,61% no estoque. As emissões de títulos da DPMFi alcançaram em abril R$ 102,93 bilhões e os resgates R$ 22,92 bilhões, sendo R$ 18,7 bilhões referentes aos vencimentos do mês e R$ 1,17 bilhão resultantes de operações de compra e troca. A participação dos não residentes no estoque da DPFMi foi de 8,63% em abril, contra 8,87% em março.
Nos dados divulgados pelo Ministério da Fazenda, constou ainda o estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe), apresentando redução de 2,73% em abril, encerrando o mês em R$ 92,16 bilhões (US$ 53,25 bilhões). No período, os resgates da DPFe totalizaram R$ 1,655 bilhão, sendo R$ 1,098 bilhão referentes ao pagamento de principal e R$ 557,3 milhões referentes ao pagamento de juros, ágio e encargos.
Durante os meses de março e abril foram recomprados, em valor de face, US$ 429,10 milhões em títulos da DPFe, ante aproximadamente US$ 639 milhões no primeiro bimestre, totalizando US$ 1,068 bilhão no ano.
Prazo
O percentual da DPF a vencer em 12 meses aumentou de 24,01% em março para 25,25% em abril. Já o prazo médio da dívida apresentou queda, passando de 3,73 anos em março para 3,57 anos em abril.
Custo
O aumento do custo médio dos últimos doze meses, além da variação dos índices de preços, deveu-se à desvalorização do dólar frente ao real. De acordo com José Franco de Morais, em abril de 2009 a desvalorização cambial foi de 5,91% e caiu para 2,83% em abril deste ano. “Embora a parcela indexada a taxa de câmbio seja muito pequena, ainda tem impacto, pois causa volatilidade nas estatísticas da dívida pública”, observou.
Fonte:
Ministério da Fazenda
21/05/2010 12:41
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