Estudo do Ipea mostra que famílias permanecem otimistas em relação à economia



A 21ª edição do Índice de Expectativas das Famílias (IEF) aponta que, embora se observe um declínio no índice, os brasileiros se mantêm otimistas em relação à situação socioeconômica do País. O resultado para abril ficou em 67,0 pontos – 0,7 ponto abaixo do registrado em março. É o valor mais baixo no ano de 2012 e mostra uma tendência de baixa que vem sendo apurada desde o pico observado em janeiro, quando o índice foi de 69 pontos.

Ipea indica que há espaço para redução de juros sem elevar inflação

O técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que apresentou o IEF na quarta-feira (16), André Viana, afirmou que a manutenção de um “quadro otimista é importante em momentos de desaceleração, para que os impactos sejam menores”. A pesquisa busca expectativas sobre decisões de consumo e endividamento das famílias e também observa a forma como elas estão vendo o mercado de trabalho. A margem de erro é de 5%, para mais ou para menos. São pesquisados 3.810 domicílios no País, em 214 municípios, de todos os estados e o Distrito Federal.

Embora tenha apresentando queda de 3,1 pontos em abril (78,2) em comparação a março (81,3), o índice da região Centro-Oeste tradicionalmente “puxa” o resultado para cima, destacou Viana. A segunda região com melhor expectativa foi a Sudeste, com aumento de 3,1 pontos entre março (67,7) e abril (70,8). O Norte teve queda de 4,7 pontos em abril (60,3) em relação ao mês anterior (65,0). As demais regiões tiveram resultados praticamente estáveis.

Pessoas sem escolaridade são as que esperam por piores momentos na economia para os próximos 12 meses (31,44%), seguidas das que contam com o ensino fundamental incompleto (24,20%). Com relação à faixa de renda, quanto maior a renda, mais otimistas as famílias pesquisadas.

Para os próximos cinco anos da economia brasileira, as regiões mais otimistas são Centro Oeste, Nordeste e Sul, com 86,3, 71,7 e 61,3 pontos percentuais, respectivamente, esperando por melhores momentos. São menos otimistas o Sudeste (58,2%) e o Norte (45%).

 

Consumo

63,3% dos entrevistados na região Norte e 56,9% na região Sul consideram que não é um bom momento para a compra de bens de consumo duráveis. Os dados são indícios de que o mercado de automóveis tende a desacelerar. Nas demais regiões, o otimismo quanto a esse tipo de gasto passa dos 60%.

 

Dívidas

“Na média, o Brasil é um país muito pouco endividado”, disse Viana, ao comentar os dados sobre a percepção das famílias quanto ao endividamento relativo à renda do domicílio: 7,6% se consideram muito endividadas e 18,2% mais ou menos endividadas, ou seja, pouco mais de 25% das famílias têm dívidas. Dessas, um terço considera que terá dificuldade para pagar as dívidas que possuem.

De forma geral, quem está empregado no Brasil não vê possibilidades maiores de perder o emprego atual, pois 80% das famílias consultadas acreditam ser segura a ocupação da pessoa responsável pelo domicílio. A região Norte é a mais estável, com 97% dos responsáveis pelo domicílio considerando seus empregos estáveis. A única região que apresentou segurança abaixo de 80 pontos percentuais foi o Nordeste (60,1%).

 

Fonte:
Ipea



18/05/2012 12:06


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