Evento em Madri marca 100 dias para Copa do Mundo



Para não deixar dúvidas de que se tratava de um território verde e amarelo no meio de Madri, quem chegava ao Centro Cultural Casa do Brasil nesta terça-feira (04) era recebido por Fuleco numa roda de capoeira. O mascote oficial da Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014 foi o responsável por dar as boas-vindas ao evento comemorativo dos 100 dias para o Mundial. Do lado de dentro, uma coletiva de imprensa sobre a Copa do Mundo, com as presenças do secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes; do embaixador do Brasil na Espanha, Paulo de Oliveira Campos; do diretor de comunicação do Comitê Organizador Local (COL), Saint-Clair Milesi; e dos ex-jogadores Edmilson, pentacampeão com a seleção brasileira em 2002, e Demetrio Albertini, vice-presidente da Federação Italiana.

“O Brasil aceitou um enorme desafio ao ser sede da Copa do Mundo. A organização do evento não trata apenas da construção de estádios, mas também de investimentos em portos e aeroportos, na infraestrutura de mobilidade urbana, tecnologia da informação, energia e várias áreas que ficarão para o País depois do Mundial. Acho que deixaremos como legado dessa Copa do Mundo um melhor nível de vida para a população brasileira”, afirmou o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes. "O Brasil está preparando para encantar e surpreender na Copa do Mundo", completou.

Durante o evento dos 100 dias, que contou com exposições da arte, cultura e culinária brasileiras, o embaixador do Brasil na Espanha, Paulo de Oliveira Campos, destacou a paixão em comum entre a Espanha e País-sede do Mundial 2014.

“Os espanhóis dividem o amor pelo futebol com os brasileiros, basta ver o assunto principal da capa dos jornais nas segundas-feiras. A Copa do Mundo representa uma grande oportunidade para nosso País. E esse espaço onde estamos também estará aberto durante a Copa do Mundo, para que não apenas brasileiros assistam aqui em Madri ao Mundial no Brasil”, disse o diplomata brasileiro.

O diretor de comunicação do COL, Saint-Clair Milesi, lembrou o sucesso da Copa das Confederações da Fifa 2013, a alta procura por ingressos e os números do programa de voluntários da Copa do Mundo da Fifa 2014 para demonstrar a empolgação de brasileiros e sul-americanos em geral com o evento que começa no dia 12 de julho.

“Essa é a Copa que todo o mundo quer ver, em todo lugar que você vá as pessoas falam sobre a Copa do Mundo no Brasil. Foram quase 10 milhões de solicitações de ingressos do mundo inteiro, a grande maioria de brasileiros. Na América do Sul, a procura por ingressos e o número de candidatos a voluntários vindos de países como Colômbia e Argentina mostram que o interesse é muito grande. Ainda há muito a fazer mas o Brasil estará pronto como esteve na Copa das Confederações”, disse Saint-Clair Milesi.

Em casa

Campeão mundial pela seleção brasileira no Mundial da Coreia do Sul e do Japão em 2002, o ex-jogador Edmilson sentiu-se em casa na Espanha, onde defendeu Real Zaragoza, Villarreal e destacou-se pelo Barcelona, por onde conquistou a Liga dos Campeões em 2006. Edmilson comparou o clima que viveu como jogador em 2002 com o que assistiu como torcedor na Copa das Confederações para projetar como será o Mundial de 2014.

“Hoje é uma realidade diferente, com as mídias sociais você sabe tudo o que está acontecendo no seu País. Em 2002, não sabíamos o que estava acontecendo no Brasil. Mas sentíamos a empolgação pela Copa onde chegávamos, principalmente no Japão, onde muitos brasileiros jogavam nos clubes locais. Agora vamos torcer para que o Brasil chegue bem e realize o sonho de todos os brasileiros, que é ver a seleção campeã mais uma vez”, afirmou Edmilson.

Vice-campeão mundial com a seleção italiana na Copa do Mundo da Fifa 1994, Demetrio Albertini era um jovem de 19 anos quando o Mundial foi disputado na sua terra natal. Em Madri acompanhando a seleção italiana que disputa um amistoso contra a Espanha nesta quarta-feira, ele falou sobre o que o torneio representou para ele e os italianos em 1990.

“Receber a Copa do Mundo em seu País é um sonho, ver tantos grandes jogadores de perto é algo inesquecível. Para o país é uma grande oportunidade de realizar muitos trabalhos em outras áreas e para receber bem as pessoas que vão estar lá sonhando com sua seleção vencendo o torneio. O futebol é parte da vida das pessoas em todo mundo e será assim também no Brasil em junho e julho”.

Fonte:
Ministério do Esporte



04/03/2014 19:16


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