Exposição no Palácio do Planalto retrata diversidade da cultura brasileira



A exposição Bem do Brasil, Patrimônio Histórico Brasileiro, no Saguão Térreo do Palácio do Planalto em Brasília fica aberta à visitação até o dia 15 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 10 às 18h e aos sábados e domingos, das 12 às 17h. As obras marcam a reinauguração do Palácio.

O diretor do Paço Imperial, no Rio de Janeiro, e curador da exposição, Lauro Cavalcanti, destacou que um dos objetivos da exposição é eliminar a valorização e a hierarquização da produção artística e cultural. “Não importa se a peça é de um artista renomado ou de um artesão do interior do País. Tudo é Bem do Brasil”, ressalta.

São 150 obras que retratam as múltiplas expressões materiais e simbólicas das bases da identidade nacional. A exposição Bem do Brasil, Patrimônio Histórico Brasileiro, foi concebida sob o desafio de levar os visitantes a apreender os significados, a refletir, compartilhar e valorizar a diversidade dos acervos culturais, das artes sacras à cultura popular e erudita do País.

Compõem os cenários da religiosidade do Brasil e seu imaginário, ponto de partida da exposição, castiçais, oratórios mineiros e baianos, imagens de reis, santas e santos de igrejas de Pernambuco e de Sergipe, esculturas das missões jesuíticas no Rio Grande do Sul, ex-votos de romeiros do Ceará e cajados de Pai de Santo.

A arte ganha vida e cores em Bem do Brasil, Patrimônio Histórico Brasileiro nas cerâmicas indígenas do Espírito Santo, nas carrancas do Velho Chico, na Cabeça Boi Tinga do Pará, nas máscaras de Cavalhada de Goiás e bonecos do Jequitinhonha ou nos instrumentos do Tambor de Crioula do Maranhão, do Tambor de Jongo do Rio de Janeiro e da Viola de Cocho do Mato Grosso.

Expressões que revelam saberes e fazeres, desvendados pela exposição por meio de formas de madeira para fazer a rapadura da cana-de-açúcar, alambiques de cobre para destilar a cachaça ou prensas de madeira para moldar o queijo.

As obras de Taunay, Djanira, Guignard, Di Cavalcanti, Segall, Athos Bulcão e Mestre Valentim emprestam, por fim, a força de sua criatividade à exposição, cuja pretensão é a de oferecer ao público novos olhares e abordagens sobre a diversidade do patrimônio brasileiro, tendo como fio condutor a evolução das políticas de proteção nas últimas sete décadas.


Fonte:
Iphan

 

01/10/2010 19:37


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