Falta de informações prejudica elaboração de políticas públicas para economia criativa



A ausência de um mapeamento nacional e de dados sobre a participação da economia criativa no Produto Interno Bruto (PIB) dificulta a elaboração de políticas públicas para o setor. A avaliação é de especialistas que participaram de seminário nesta terça-feira (20) sobre perspectivas dos serviços criativos no Brasil. O evento foi organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Segundo o superintendente de Comunicação e Divulgação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), Claudio Conceição, os estados do Rio de Janeiro e São Paulo têm feito pesquisas sobre o tema, mas ainda faltam informações que permitam, por exemplo, a comparação do desenvolvimento da economia criativa entre os estados e do Brasil em relação aos demais países.

Para a economista e consultora Lidia Goldenstein, o setor não deve ser visto apenas como um instrumento de inclusão social. Com expansão média de 14% ao ano entre 2002 e 2008, segundo a agência das Nações Unidas (ONU) para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), e responsável por movimentar cerca de R$ 7 bilhões anualmente, a economia criativa tem muitas possibilidades de emprego. Segundo a consultora, o setor de moda e o de design, "principal arma de diferenciação e competitividade", geram tantas vagas de emprego quanto os setores tradicionais.

Durante o seminário, o secretário estadual de Fazenda do Rio, Renato Villela, confirmou que faltam dados sobre os negócios criativos. De acordo com ele, o fator dificulta o esforço de "dinamizar as atividades do ramo" com planos de crescimento. Sem indicadores, o Poder Público não tem segurança para investir.


Fonte:
Agência Brasil



20/09/2011 20:12


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