Familiares querem esclarecer mortes de mulheres e filhos



A CPI da Mortalidade Materna da Câmara Federal, instalada ontem na Assembléia Legislativa gaúcha, colheu depoimentos dos familiares da feminista e dirigente da Coordenadoria Estadual da Mulher, Vânia Araújo Machado. Ela e seu filho Cauê morreram no Hospital Mãe de Deus poucos dias após o parto, em outubro do ano passado. Vânia sofreu oito intervenções cirúrgicas e contraiu infeção hospitalar na UTI. O atestado de óbito acusou morte por síndrome de help (hemorragia incontida) e varicela. Conforme Marcelo Branco, companheiro de Vânia por 12 anos, o relatório da sindicância é contraditório e impreciso. A promoção teve o apoio da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa. O presidente da CCDH, deputado Roque Grazziotin (PT) considera grave este tema, defende a apuração dos faltos e a punição dos culpados Fernando Moreira, viúvo de Sandra Noronha que morreu devido a complicações causadas por uma anemia falsiforme em maio de 2000, no Hospital Ernesto Dorneles, relatou os detalhes da enfermidade de sua mulher. Pela manhã, os deputados integrantes da CPI ouviram os depoimentos de entidades governamentais e não governamentais, de médicos e especialistas e à tarde registraram as falas dos familiares das vítimas. Tanto Branco como Moreira querem esclarecer os procedimentos médicos e hospitalares que acabaram tirando a vida de suas mulheres e filhos.

04/06/2001


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