'FEB foi a primeira força de libertação do mundo', diz administrador do cemitério onde pracinhas foram enterrados
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) discutiu, na manhã desta quinta-feira (10), a participação dos soldados brasileiros na Segunda Guerra Mundial. Foi sendo ouvido na audiência pública o administrador do Monumento Votivo Militar Brasileiro em Pistoia, Mário Pereira.
Pistoia é a cidade italiana onde foram enterrados os pracinhas que morreram na Europa. Em 1960, seus corpos foram trasladados para o Brasil. Hoje há um monumento no cemitério para celebrar a memória deles.
De acordo com Mário Pereira, cujo pai também foi administrador do mesmo monumento, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi "a primeira força de libertação do mundo", pioneira no trabalho que hoje fazem as chamadas forças de paz.
- Além de valiosos no campo de batalha, os brasileiros deram uma nova esperança ao povo italiano. O soldado brasileiro comportou-se sempre como ser humano, mesmo no drama que é a guerra, e por isso ainda hoje há um grande reconhecimento, um elo muito estreito entre os italianos e os pracinhas - disse.
A FEB foi criada em 1943, como reação aos ataques da Alemanha a navios na costa brasileira. Em 1944, os primeiros contingentes - que totalizaram mais de 25 mil soldados - começaram a chegar à Itália, onde se juntaram aos Aliados contra as forças da Alemanha nazista, que ocupavam o país, e contra as forças ainda leais ao ditador italiano Benito Mussolini. Morreram na guerra 465 soldados brasileiros.
10/11/2011
Agência Senado
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