Feira de Empregos leva oportunidades a moradores da Rocinha



Dois meses depois da ocupação da favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, pelas forças de segurança do estado, a comunidade recebeu nesta segunda-feira (16) a 1ª Feira de Empregos. Até o fim da tarde, 32 empresas de diversos setores estão disponibilizando cerca de mil vagas para funções como promotor de vendas, demonstrador de produto, copeira, ajudante de cozinha, entre outros.

De acordo com o coordenador do Núcleo de Projetos Sociais Qualificar, da escola de samba Acadêmicos da Rocinha, responsável pelo evento, Felippe Marques, a iniciativa é mais um passo para a consolidação da pacificação. “Havia muito preconceito contra moradores de comunidades carentes e agora eles podem vislumbrar a possibilidade de sair da comunidade e trabalhar em grandes empresas. Ninguém vai conseguir uma fórmula para resolver todos os problemas da Rocinha, mas estamos trabalhando em questões pontuais e dessa vez o passo é gerar emprego”, afirmou.

Felippe acredita que levar oportunidades de emprego aos moradores ajuda a movimentar não só a economia local, mas a de todo o estado. De acordo com dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com cerca de 70 mil moradores, a Rocinha é a maior favela do País.

Ainda durante a feira, estão sendo promovidas palestras sobre motivação, técnicas de venda, como se manter no emprego, entre outros. Além das vagas para preenchimento imediato, há outras disponíveis para cadastro reserva.

Com ensino médio completo e desempregada há seis meses, Márcia Camila de Oliveira, 22 anos, foi à quadra da Acadêmicos da Rocinha na manhã desta segunda-feira em busca de um posto no mercado de trabalho. “Já trabalhei como balconista e recepcionista, mas está difícil conseguir emprego. Quem sabe aqui eu arrumo alguma coisa”, conta.

Regina da Costa, 38 anos, também disse ter esperança de voltar ao mercado de trabalho. Mesmo com formação na área de saúde, ela disse procurar uma vaga em qualquer setor. “Como eu estou desempregada, aceito qualquer negócio. O bom de eventos como esse é que está tudo em um só lugar. Muitas vezes é difícil ir a várias agências, tem que ter o dinheiro da passagem, enfrentar filas, fazer ficha mesmo tendo currículo”, avaliou.

A 1ª Feira de Empregos tem entrada franca e está sendo promovida na quadra da Rocinha, na Rua Bertha Lutz, 80, em São Conrado.

 

Fonte:
Agência Brasil

 



16/01/2012 19:00


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