Festa da Força reúne 1,5 milhão
Festa da Força reúne 1,5 milhão
Central Sindical faz show com KLB e Ivete Sangalo e sorteia cinco apartamentos e 11 carros.
A Força Sindical reuniu cerca de 1,5 milhão de pessoas em sua festa do Dia do Trabalho, na Praça Campo de Bagatelle, zona norte de São Paulo. A estimativa – um recorde em manifestações desse gênero – é Polícia Militar. Cerca de 800 homens da PM, pessoal de resgate e do corpo de bombeiros, além de dezenas de viaturas de apoio garantiram segurança no local.
O evento contou com uma série de shows durante todo o dia – como do KLB, Fat Family, Wanessa Camargo e Ivete Sangalo, entre outros. Além disso, a Força sorteou cinco apartamentos e 11 carros.
Além de artistas, o evento teve ainda a participação de políticos. O candidato à Presidência do PPS, Ciro Gomes, fez breve discurso no local. Ele estava acompanhado pelo deputado federal e ex-governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho.
O presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, que acompanhou o candidato, chegou a pedir abertamente à população que assistia aos shows votos para Ciro. "É para ele que eu vou pedir votos nas portas das fábricas", disse.
O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, teve mais palmas entre os discursos em vídeo dos quatro candidatos apresentados ontem durante o evento da Força.
O vídeo de três minutos do PT, exibido ao público, foi extraído e editado pela assessoria do partido, a partir do pronunciamento feito terça-feira no Encontro dos Presidenciáveis, também promovido pela Força.
Apesar da vantagem que Lula vem exibindo nas pesquisas de intenção de voto e da recepção mais animada do que a obtida por Ciro Gomes (PPS), Anthony Garotinho (PSB) e José Serra (PSDB), parte do público também vaiou o candidato do PT.
Outros preferiram aplaudir. O ponto alto foi a menção de Lula à explosão política das mulheres, arrancando muitas palmas do público feminino, em sua maioria adolescentes e jovens.
Antes de Paulinho pedir votos para Ciro, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e membro do Conselho Fiscal da Força, Jorge Nazareno Rodrigues, conclamou o voto em Lula.
A divergência na opção pelos candidatos entre os membros da Força, diz Rodrigues, é reflexo "da composição pluralista e democrática" da entidade.
Ciro foi o único convidado para o show
O candidato do PPS à Presidência da República, Ciro Gomes, avaliou como uma "manobra natural" o rompimento do PDT e PTB na candidatura aos governos dos estados.
Ciro, entretanto, não quis falar sobre o impacto dessa ruptura em sua candidatura. Ele disse que não se manifestaria publicamente sobre o assunto porque "há muita tensão neste momento".
Ciro Gomes participou ontem das comemorações de 1º de Maio da Força Sindical. Entre os candidatos à Presidência, ele foi o único a ser formalmente convidado para a festa pela organização sindical.
Em discurso breve, Ciro falou sobre a situação do desemprego no País e pediu participação popular nos debates políticos entre os candidatos à Presidência. Disse ainda que seria rápido em sua fala porque também queria "ver o Leonardo e o KLB".
O secretário nacional do PTB, Luiz Antonio Fleury Filho, afirmou ontem, durante o megashow organizado pela Força Sindical, que o empenho maior do seu partido é eleger Ciro Gomes presidente do Brasil. Ele disse, contudo, que apesar do empenho que o PTB e o PDT vêm realizando, o PPS não está dando a contrapartida nesta questão.
"Nós acreditamos no Ciro. Quem está dando o suporte material e político de sua campanha é o PTB", disse o ex-governador paulista.
Fleury lembrou a reunião realizada terça-feira entre o PDT e o seu partido, dizendo que os dois partidos já fizeram a "lição de casa".
Ele explicou que o PTB e o PDT abriram mão de candidaturas em alguns estados para somar esforços e eleger Ciro Gomes nessas eleições. Porém, Fleury cobra agora a mesma posição por parte dos dirigentes do PPS.
Ciro, porém, declarou apenas que essas "marolas" são naturais e ocorrem no meio do processo eleitoral. Ele garantiu que a maior preocupação no momento é passar para os eleitores o programa de governo para a Presidência da República.
CUT descentraliza festividades e faz crítica às mudança na CLT
Ao contrário de sua rival, a Força Sindical, que promoveu um megashow, as comemorações do 1º de Maio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) foram descentralizadas, com 26 grandes atos em todo o País.
Dez atos-shows aconteceram na Região Metropolitana de São Paulo, sendo sete na capital e três na Grande São Paulo. O candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve presente nos atos de Itaquera, na zona leste, Campo Limpo, na zona sul, e de Santo André, no Grande ABC (SP).
Lula se recusou ontem a comentar a crise pela qual passa a Frente Trabalhista de sustentação do pré-candidato do PPS Ciro Gomes para evitar, segundo o petista, maiores problemas para os partidos que acompanham Ciro.
"Não vou comentar a crise, por que a Frente Trabalhista já tem problemas demais", disse.
Em um discurso relâmpago, que durou pouco mais de dez minutos, o petista comparou as diferenças entre a situação atual do trabalhador brasileiro com a situação de vida dos trabalhadores há 126 anos, quando se iniciaram as comemorações do Dia do Trabalho. Para Lula, as reivindicações da classe trabalhadora no final do século 19 eram por direitos trabalhistas e pela redução da jornada de trabalho. "Hoje, a reivindicação é por mais emprego", afirmou Lula.
Questionado sobre as formas de combate ao desemprego, Lula disse que apenas com investimentos na área de Educação, uma melhor orientação política e investimentos no setor produtivo é possível aumentar a oferta de trabalho.
"Você começa pelo alicerce: investimento em pequena e média empresa, uma política habitacional e a criação de uma indústria de bens de consumo popular são meios de se criar emprego", disse Lula.
A CUT divulgou ontem um manifesto no qual condena a proposta do governo federal de alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), tornando flexíveis os direitos trabalhistas. O texto faz um balanço crítico do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, acusando-o de praticar "uma política econômica recessiva, que causa desemprego, miséria e violência".
O documento também acusa o governo FHC de ter "vendido o patrimônio público, jogado o País numa crise energética sem precedentes e acabado com a saúde, educação e previdência".
Sai reajuste do piso para os aposentados
Previdência paga correção a partir de hoje para quem ganha o mínimo e os demais terão aumento em junho.
Os 20,4 milhões de aposentados, pensionistas e demais segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começam a receber seus benefícios hoje com reajuste. O piso passa de R$ 180 para R$ 200, acompanhando o aumento do salário mínimo.
Já os benefícios acima da referência do mínimo serão reajustados apenas em junho. De acordo com o Ministério da Previdência, os aposentados que ganham acima de R$ 200 terão aumento em junho.
Seu reajuste deve acompanhar a inflação, mas não existe uma especificação legal para o índice a ser usado. O governo tem empregado o INPC nessa correção. Como ainda não está fechado o INPC de maio, o índice permanece uma incógnita. O índice mais recente, de março, foi de 9,72, mas pode sofrer variações - para cima ou para baixo.
Os aposentados, pensionistas e demais beneficiários podem fazer a opção de receber o pagamento mensal mediante depósito em conta corrente. Para isso, basta preencher um formul
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