Festival do Rio exibe 300 filmes e 65 produções brasileiras inéditas



A partir desta sexta-feira (24) e até 7 de outubro, o Festival do Rio exibe cerca de 300 produções cinematográficas de vários gêneros e de diferentes partes do mundo. O evento é considerado o maior de cinema da América Latina e o quinto do mundo, graças a quantidade de filmes exibidos e o volume de negócios gerados.


A 12ª edição do festival foi aberta na noite de quinta-feira (23), no Cine Odeon, com a exibição para convidados do filme “A Suprema Felicidade”, que marca a volta à direção do cineasta Arnaldo Jabor, após 24 anos.


A programação está dividida em 19 mostras temáticas. Uma delas é a Premiere Brasil, que apresentará 65 filmes brasileiros inéditos, 17 deles na mostra competitiva e os demais como hors-concours e nas mostras Retratos, Novos Rumos e Política. O painel abrange longa e curta metragens, de ficção ou documentários. 


De acordo com Marcos Didonet, um dos diretores do evento, o Festival do Rio é cada vez mais a plataforma de lançamento da produção cinematográfica brasileira. “A gente percebe isso pelo número crescente de filmes que disputam a seleção para a mostra competitiva e de produtores que programam seus filmes para terem sua primeira exibição no festival”. 


Didonet disse que a programação do festival é um dos atrativos para que os filmes sejam lançados no evento. “Cada filme novo tem quatro exibições ao longo do festival: uma sessão de gala para convidados, duas sessões comerciais e uma popular, com direito a debates”.


Além do Cine Odeon que fica na Cinelândia, tradicional zona cultural da cidade, o festival terá na zona portuária Centro Cultural Ação da Cidadania grande pavilhão com palco para debates sobre os novos filmes brasileiros e o Rio Market, evento paralelo que atrai potenciais compradores da produção do Brasil, hoje o 9º mercado audiovisual do mundo.


Segundo Didonet, é no Rio Market que se percebe a crescente importância econômica do festival. “São executivos de cinema e TV que passam o dia vendo os filmes brasileiros e latino-americanos para escolher o que vão adquirir para seus mercados”. Ele ressalta ainda a importância da troca de experiências entre os produtores nacionais e estrangeiros em questões como as novas tecnologias, em particular o 3D. 


O público poderá ver filmes em sessões pagas ou gratuitas em 40 locais da cidade: salas comerciais, centros culturais, auditórios, comunidades e até praças públicas. Muitos dos filmes estrangeiros exibidos no festival não chegarão ao mercado comercial e sequer serão distribuídos em DVD no Brasil, o que aumenta a disputa dos cinéfilos por ingressos.


Com orçamento de R$ 7,3 milhões, o festival tem como patrocinadora a RioFilme, empresa de investimento audiovisual da Prefeitura do Rio de Janeiro. Os demais são empresas públicas, como a Petrobras e o BNDES, e a iniciativa privada. 


Fonte:
Agência Brasil



24/09/2010 18:39


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