Fisioterapeutas do judô trabalham com sistema inovador



Às vésperas da viagem a Paris, as equipes de base da seleção brasileira de judô realizaram avaliações inéditas entre as equipes de jovens, tendo em vista a otimização do trabalho individual e um mapeamento das informações para criação de um banco de dados de cada atleta. Testes físicos, médicos, psicológicos, entre outros, já haviam sido realizados. Ficou, então, a cargo dos testes fisioterápicos o final das avaliações, e com direito a novidade.

O foco do trabalho dos fisioterapeutas das equipes de base, Gustavo Braga e Gabriela Zanotti, foi no padrão postural e nos movimentos "primitivos" (reflexos) dos atletas. Para isso, utilizaram uma ferramenta chamada Functional Movement Screen (FMS), que é um sistema de ranqueamento e classificação responsável por documentar padrões de movimentação fundamentais para o funcionamento do corpo.

"O FMS nos permite avaliar por meio de de sete testes os movimentos básicos do atleta, como agachar e ficar sobre uma perna, além de testar a flexibilidade e a mobilidade das principais articulações envolvidas nos movimentos do judô, como quadril e ombro. De acordo com o padrão de movimento do atleta damos uma nota de zero a três, sendo zero quando existe dor durante o movimento e três quando existe um excelente padrão de movimento”’, explica o fisioterapeuta Gustavo Braga.

Com o resultado em mãos, os fisioterapeutas elaboraram uma série de sugestões de exercícios a serem feitos pelos atletas em seus clubes, desta forma, contribuindo na prevenção e melhora dos padrões de movimento, além de permitir comparações de resultados ao longo do ano, mapeando motivos de possíveis lesões, visando a comunicação entre todos os fisioterapeutas que trabalham com o judô, e abrindo a possibilidade que tais casos possam servir fator preventivo de risco de novas contusões.

"Se o atleta não possui estabilidade ou um bom padrão de movimento para fazer um agachamento ou para ficar sobre uma perna, então, técnicas como Seoi Nague e Harai Goshi poderão expô-lo a uma maior chance de se lesionar. É preciso ter a base para que o movimento complexo aconteça”, explica a fisioterapeuta Gabriela Zanotti.

A ferramenta (FMS), que foi introduzida no âmbito esportivo pela NFL (a liga profissional de futebol americano dos Estados Unidos), vem sendo amplamente utilizada em esportes como o futebol e o vôlei. No cenário do  judô, seu uso é uma inovação.

Além do FMS, os fisioterapeutas também testaram a força de preensão (pegada) dos atletas e avaliaram a postura, com cada atleta ficando aproximadamente uma hora realizando a bateria de testes.

As avaliações também serão realizadas com os atletas da categoria Sub-18, no próximo mês. "São a tecnologia e a ciência em prol da prevenção de lesões”, define Gustavo Braga.

Fonte:
Brasil 2016



06/02/2014 11:21


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