Flávio Arns denuncia manipulação nos preços dos combustíveis



Ao opinar que o crime organizado no Brasil não se limita às drogas e à pirataria, o senador Flávio Arns (PT-PR) denunciou nesta quarta-feira (14) a existência de um cartel que vem manipulando os preços de combustíveis no Brasil. Segundo o senador, as evidências indicam que o problema se concentra nas distribuidoras, e não nos postos de gasolina. Atualmente, cinco distribuidoras operam no país: Shell, Texaco, Esso, Ipiranga e BR Distribuidora.

Segundo o senador pelo Paraná, quem abasteceu o tanque de seu automóvel em Curitiba, na semana anterior ao carnaval, até às 11h da manhã, pagou por um litro de gasolina R$ 2,07. Três horas depois os postos da cidade estavam cobrando nas bombas R$ 2,57 pelo combustível. Duas semana antes do carnaval situação semelhante teria acontecido em Brasília. O preço da gasolina, completou Flávio Arns, subiu 50 centavos de um dia para o outro.

- Aconteceu nestes dois casos um aumento concomitante, com os preços alinhados. Isso significa cartel, e cartel é crime. Crime contra o povo, a sociedade e a economia. É abuso de poder econômico. O crime nessa área está organizado no Brasil e acontece no país inteiro. Existe um esquema orquestrado de manipulação dos preços - afirmou Flávio Arns.

Ao defender a intensificação das investigações sobre o suposto cartel, Flávio Arns comunicou que a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização de Controle (CMA) aprovou requerimento solicitando informações arespeito do caso a vários órgãos, entre eles o Ministério Público Federal, Polícia Federal, Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ele não descartou a possibilidade de ser constituída uma comissão parlamentar de inquérito para apurar o suposto cartel.



14/03/2007

Agência Senado


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