Flexa Ribeiro defende redução mais acelerada da taxa Selic
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) afirmou, em pronunciamento nesta quinta-feira (30), ser fundamental que a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, seja reduzida de forma mais acentuada. Ele observou que, apesar de o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) ter anunciado, nesta quarta (29), a redução da taxa em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano, a tendência é que a taxa Selic caia de forma mais lenta a partir de 2007, pois, de acordo com o senador, a estimativa do mercado é de que ela chegue ao final do próximo ano em 12%. Para Flexa, isso seria "lamentável para o crescimento da economia brasileira".
O parlamentar avaliou que a economia brasileira tem condições de suportar uma redução mais acelerada da Selic, o que levaria a taxa de juros real do Brasil a um patamar mais compatível com a praticada internacionalmente. Em termos de juros reais (descontada a inflação, de cerca de 3,5%, projetada para os próximos 12 meses), observou Flexa Ribeiro, o Brasil se mantém na liderança do ranking mundial, com uma taxa de 8,7% ao ano.
- A elite financeira nada tem a reclamar de Lula, pai dos pobres e mãe dos ricos - disse ele.
Flexa Ribeiro defendeu, ainda, a correção da tabela do Imposto de Renda nos moldes propostos inicialmente pelo relator-geral do Orçamento de 2007, senador Valdir Raupp (PMDB-RO) - 10% em duas parcelas. Ele também afirmou que o Bolsa-Família, programa de transferência de renda do governo federal, precisa de ajustes, para garantir que o beneficiado saia do programa com condições de ingressar no mercado de trabalho por conta própria.
Em aparte, o senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) ressaltou que, quando se trata da economia e do desenvolvimento do país, "não existem partidos". Ele também observou que, nesse debate, é preciso privilegiar a produção, em detrimento da especulação.
TV Senado
Flexa cumprimentou o presidente do Senado, Renan Calheiros, pela inauguração das transmissões da TV Senado em canal aberto em Salvador (BA). O representante do Pará disse esperar que toda a população de seu estado e de todo o país possa receber a programação da TV até o final de 2007, e não apenas os que têm TV a cabo.30/11/2006
Agência Senado
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