Flexa Ribeiro lamenta paralisia no setor produtivo do Pará
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) anunciou, em discurso nesta terça-feira (18), a realização de reuniões com representantes de empresários e trabalhadores do estado do Pará que estão "impedidos de trabalhar". O parlamentar denunciou o que chamou de "paralisia generalizada" que deixa sem condições de trabalho cerca de 10 mil pessoas no setor florestal.
Flexa Ribeiro criticou a falta de ação do governo federal e a falta de interesse da Secretaria de Meio Ambiente do Pará para a aprovação de mais de 900 planos de manejo em áreas legalizadas da floresta. Ele também acusou o governo federal e a Polícia Federal de "pirotecnia", com as operações que têm por objetivo conter o desmatamento na região, como a de Itailândia, em que foram gastos R$ 50 milhões. O momento, ressaltou, nem é de busca de matéria prima pela indústria madeireira, o que não justifica a operação e só ajuda a criar uma imagem distorcida do Pará na imprensa.
- O governo deveria repassar os cinqüenta milhões de reais para reestruturar a Secretaria de Meio Ambiente - afirmou.
O parlamentar pediu ainda a inserção nos Anais do Senado do documento de compromisso com o setor florestal, assinado pela governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, no qual ela se comprometia a "garantir matéria prima legal e sustentável com fortalecimento da economia local através do fomento à atividade madeireira; além do ordenamento fundiário, promovendo a titulação das terras", entre outros pontos que, segundo ele, não estão sendo cumpridos.
Em aparte, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), que participou de seminário do partido realizado no fim-de-semana, afirmou ter percebido "a ausência do Estado" no local. Ele afirmou ainda que os madeireiros sérios estão sendo prejudicados, e que o governo deveria mandar técnicos especialistas em manejo em vez de mandar a polícia.
18/03/2008
Agência Senado
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