Força Nacional vai acelerar apuração de inquéritos parados em Alagoas



A Força Nacional de Segurança Pública vai atuar em Alagoas a partir de novembro para acelerar a apuração de aproximadamente 4 mil inquéritos que estão atualmente parados no estado. Segundo o secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, essa é a primeira iniciativa desse tipo em todo País.

“Fizemos a parceria com Alagoas para resolvermos os quase 4 mil processos que estão parados e que impedem o policial civil de cumprir sua principal função, que é investigar. Vamos somar com a polícia de Alagoas e não substituí-la”, destacou nesta quarta-feira(20), durante a abertura do curso de nivelamento para peritos criminais que atuarão na Força Nacional.

O curso de nivelamento para peritos criminais que atuarão na Força Nacional de Segurança Pública em apoio aos estados termina no dia 29. No total, 27 peritos participam das atividades com o intuito de aprimorar os conhecimentos em balística.

Na cerimônia de abertura do curso, o secretário comemorou o fechamento do ciclo na composição da Força Nacional, que já era composta por policiais militares, civis e bombeiros e agora conta também com peritos criminais. “A Força Nacional está a serviço dos estados. Temos que acelerar o número de processos parados no Brasil”, acrescentou.


Maioria dos homicídios não têm solução

Pesquisas do Ministério da Justiça, segundo Balestreri, apontam que, em média, o esclarecimento de homicídio é baixo. “Cerca de 70% dos crimes não são solucionados”, explicou.

A missão em Alagoas começa no dia 3 de novembro, segundo o secretário, e vai contar com 40 policiais civis que vão atuar nas delegacias para acelerar o esclarecimento dos processos. Dos 4 mil inquéritos que aguardam apuração em Alagoas, 1,5 mil se referem à área de balística, processo que comprova de qual arma veio o projetil (tiro).

O secretário explicou também que o Brasil já tem agentes treinados para ter uma atuação científica moderna como a das melhores polícias do mundo.“O conhecimento científico reduz a criminalidade. No Brasil, durante muito tempo agiu-se através da truculência e apenas do conhecimento empírico e o resultado foi desastroso. Temos que deixar de ser terceiro mundo e valorizar o conhecimento científico na segurança pública. A perícia representa esse conhecimento, esse avanço".


Fonte:
Agência Brasil



20/10/2010 17:50


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