Fornos elétricos comerciais terão etiqueta com garantia de eficiência energética



O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) vai estender o uso da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia para informar o consumo e a eficiência energética de fornos elétricos comerciais. O objetivo é prevenir acidentes e estimular o setor industrial a produzir equipamentos de padaria mais eficientes.

Uma consulta pública foi aberta para receber propostas sobre a mudança. As sugestões podem ser enviadas até 12 de março para o Inmetro. A etiqueta já existe em refrigeradores, condicionadores de ar, veículos e até edifícios.

Os fornos elétricos comerciais, presentes em 80% das quase 63 mil padarias que existem no País, são responsáveis por cerca de 15% dos custos de manutenção dos estabelecimentos que, em sua maioria (cerca de 96%), são pequenas empresas.

A criação de um programa de etiquetagem de fornos elétricos de padaria foi apresentada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em conjunto com a Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Panificação, Biscoitos e Massas Alimentícias (Abiepan) e a Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip), que realizou uma pesquisa na qual ficou constatada que o consumo energético de estabelecimentos como as padarias tornou-se uma das principais preocupações do panificador, devido ao grande custo que representa no estabelecimento.

A pesquisa mostrou que na composição de todos os gastos, a energia elétrica corresponde, em média, a 30% desse total, tendo como grande vilão o forno elétrico. Segundo o Inmetro, o programa tem caráter estratégico para o setor panificador, tendo em vista que fornos mais eficientes podem representar até 30% a menos de consumo de energia elétrica.

Além de influenciar a decisão de compra de quem vai adquirir o forno - nesse caso, o empresário panificador - o programa tem como objetivo estimular o desenvolvimento de equipamentos mais eficientes. De acordo com o Inmetro, a iniciativa deverá incentivar a substituição gradual dos equipamentos mais antigos, afinal, 70% dos fornos elétricos em operação tem mais de oito anos de uso. E idade avançada, nesse caso, significa menos eficiência.

Serão avaliados também os seguintes requisitos de segurança: limite de temperaturas máximas do aparelho e do ambiente; simulação de uso para avaliar se desgastes comprometem a segurança; possibilidade de acesso às partes perigosas; riscos de incêndio e danos mecânicos durante o funcionamento; e proteção contra choque elétrico.

Saiba mais sobre a consulta pública aqui.

 

Fonte:
Inmetro

 



02/02/2012 19:50


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