Forte Orange completa um ano de portas abertas



Devolvido à população após o investimento de R$ 350 mil do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a realização de uma série de obras e ações de restauração e requalificação, o Forte Orange, localizado na Ilha de Itamaracá, litoral norte de Pernambuco, já recebeu mais de 130 mil visitantes.

O Forte, que fica em uma área de grande importância histórica e cultural e com exuberante paisagem, foi tombado pelo Iphan em 1938 e, na década de 1970, foi objeto de restauração fundamentada por pesquisas arqueológicas, históricas e arquitetônicas. O Iphan em Pernambuco vem viabilizando a sua manutenção de modo a preservar a memória da presença holandesa e portuguesa e a importância dessa edificação militar para a historiografia brasileira.

Situado na entrada sul do Canal de Santa Cruz, local onde teve início a colonização portuguesa no Nordeste do Brasil, em 1516, foi construído em 1631 pelos holandeses, que invadiram Pernambuco em busca da riqueza promovida pela atividade mercantil da cana-de-açúcar. A obra é um dos marcos do sistema de defesa do litoral brasileiro e, em 1654, após a derrota dos holandeses pela Coroa portuguesa, o Forte foi abandonado, ficando em ruínas. Foi recuperado pelos portugueses em 1696 retomando sua função militar.

As intervenções

Entre 2011 e 2012, visando à reabertura do Forte Orange ao público, o Iphan executou diversas obras, como revisão de telhados; construção de passarelas em madeira para circulação dos visitantes sobre os terraplenos do forte; implementação de sinalização interna e de painel expositivo sobre pesquisas arqueológicas realizadas, bem como projetos de restauração e requalificação do Forte Orange e do seu entorno. Além das ações já realizadas, nos próximos anos, as metas fazem jus ao valor histórico e cultural da fortaleza para o Brasil. Em curto prazo, estão previstas intervenções com recursos na ordem de R$ 10 milhões provenientes Prodetur. 

A restauração arquitetônica do edifício do Forte Orange, considerando o próprio edifício como elemento museológico; a recuperação da praça d’armas, localizando os vestígios das fundações do forte holandês (encontrados durante as pesquisas arqueológicas); implantação de salas expositivas sobre a história da fortificação, incluindo exposição permanente sobre o Forte Holandês; são exemplo dos projetos já elaborados. Em médio prazo, está previsto o investimento de cerca de 20 milhões de reais em obras de contenção do avanço do mar e melhoria dos acessos, com a  duplicação da rodovia de acesso e construção de ponte de madeira sobre o manguezal, bem como a interligação dos elementos turísticos, com a implantação da Trilha dos Holandeses ligando a fortificação à Vila Velha, passando pela Igreja de São Paulo e pelas ruínas da casa onde abrigou-se o Padre Tenório, personagem da Revolução Pernambucana de 1817.

Fonte:

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional



29/11/2013 10:12


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