Fórum debate situação das DSTs, aids e hepatites virais



A ampliação do tratamento da aids, o quadro local das DSTs e das hepatites virais e a situação destas doenças na região Sudeste serão os principais assuntos debatidos no fórum que será realizado em Belo Horizonte (MG), nesta terça e quarta-feira (5).

O evento é promovido pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e tem objetivo de discutir com a sociedade civil os rumos da política de enfrentamento das DST, aids e hepatites virais nas diferentes regiões do país.

"Os encontros regionais nos mostram as diferenças de cada localidade e ajudam a detectar quais as melhores condutas para a prevenção e combate à aids e hepatites virais específicas para cada região", explicou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, na abertura do evento.

Além disso, o diretor ressaltou que o evento permite a reunião de “todos os atores da luta contra a aids, sejam da parte do governo federal ou da sociedade". Isso reforça, segundo o diretor, a atuação mútua entre o poder público e a comunidade no combate e prevenção às DST, aids e hepatites virais.

Esta é a quarta consulta pública que busca debater com a sociedade civil os rumos da política de enfrentamento destas doenças nas cinco regiões do País. Os outros três encontros foram realizados em Curitiba (Sul) e Belém (Norte), ambos em novembro de 2013, e em Goiânia (Centro-Oeste), em dezembro do ano passado.

Serão realizados mais dois eventos na região Nordeste, ainda no primeiro semestre de 2014. As consultas nessa região foram divididas por razões logísticas: a primeira reunindo os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba, e a segunda voltada aos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Piauí.

O fórum vai reunir pesquisadores, representantes de movimentos populares e integrantes das secretarias municipais e estaduais de saúde dos quatro estados da região: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.

Durante os dois dias, serão debatidos temas referentes à aids, como o novo protocolo de tratamento clínico de adultos, lançado no Dia Mundial de Luta Contra a Aids, no final do ano passado. O documento estende o uso de antirretrovirais aos adultos com testes positivos de HIV, mesmo que não apresentem comprometimento do sistema imunológico. 

Os pacientes terão acesso aos medicamentos em todo o Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, além do Brasil, apenas França e Estados Unidos ofertam medicamento antirretroviral aos pacientes soropositivos, independente do estágio da doença. 

Essa oferta com antirretrovirais é uma medida inovadora, com impacto na saúde individual que  garante a melhoria da qualidade de vida das pessoas infectadas pelo HIV e reduz a transmissão do vírus.

Também serão discutidas, durante o evento, as estratégias para intervenção entre populações vulneráveis (homens que fazem sexo com homens – HSH, gays, profissionais do sexo, travestis, mulheres transexuais, usuários de drogas, pessoas privadas de liberdade e pessoas em situação de rua) e a construção da agenda de trabalho com as ações a serem desenvolvidas de forma integrada à atenção básica.

Segundo o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, as consultas públicas são uma oportunidade de debater com os diversos atores do combate à epidemia, as ações de parcerias na área de prevenção e testagem.

“Com esses encontros promovemos a abertura ao diálogo democrático com todos que participam do enfrentamento às DST, aids e hepatites virais no País” explica. Segundo ele, o evento é uma oportunidade de debater, com toda a sociedade, temas como as inovações tecnológicas e as novas evidências científicas que vão pautar as ações do governo, levando em conta as realidades regionais.

Hepatites

Ações com a atenção básica para a ampliação de acesso ao diagnóstico e aos insumos de prevenção às hepatites virais também serão debatidas durante o fórum.

Serão traçadas, ainda, estratégias para simplificar o acesso ao tratamento das hepatites B e C, assim como o manejo das pessoas coinfectadas com HIV e aids, além de medidas visando à ampliação da prevenção, testagem e oferta da vacina da hepatite B entre populações vulneráveis.

Estão disponibilizados, na página do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, materiais que subsidiarão as consultas, como vídeo de apresentação da situação atual da epidemia DST/aids e das hepatites virais e as prioridades do Departamento, materiais de referência e um Instrumento com os principais pontos a serem discutidos presencialmente. Para mais informações: [email protected].

A região Sudeste registrou, desde 1980, cerca de 380 mil casos de Aids, o que corresponde a pouco mais de 55% do total em todo o Brasil no mesmo período (687 mil).

Quanto à taxa de detecção, em 2012, a região apresentou 20,1 casos a cada 100 mil habitantes. A taxa nacional é de 20,2. Em 2012, o Estado de São Paulo registrou 8.341 casos de Aids; Rio de Janeiro (4.658); Minas Gerais (2.570); Espírito Santo (829). Os dados são do Boletim Epidemiológico HIV/Aids, publicado em dezembro de 2013.

Fonte:

Portal da Saúde 



04/02/2014 17:27


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