Fórum Mundial de Ciência é chance de construir sociedade mais justa



Nas próximas semanas, o Rio de Janeiro será palco de discussões sobre ciência, tecnologia e inovação. Nos dias 21 e 22 de novembro, a cidade sediará o Seminário Brasil – Ciência, Desenvolvimento e Sustentabilidade. Em seguida, de 24 a 27, a capital fluminense recebe o 6° Fórum Mundial de Ciência (FMC 2013).

Segundo o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis, as discussões dos dois eventos devem se concentrar no desenvolvimento global sustentável e inclusivo. “Temos que aproveitar essa ocasião de ouro para lançar o nosso olhar sobre o futuro, contribuindo, junto com parceiros do mundo todo, para que possamos ter uma sociedade mais justa, com padrões de excelência em saúde, educação, meio ambiente, ciência, tecnologia e inovação, sem esquecer da colaboração da indústria, que é muito importante”, avaliou o presidente da ABC.

Segundo Palis, os 700 inscritos para o FMC debaterão as barreiras da desigualdade e os desafios para enfrentá-las. “Temos uma sessão inteira dedicada à saúde de pessoas de idade; uma discussão profunda sobre a Amazônia, que precisa ser preservada, mas ainda pode se desenvolver muito. Enfim, uma gama de tópicos extremamente relevantes”, antecipa.

Realizado na Hungria desde 1999, o FMC chega em 2013 à sua primeira edição fora da Europa. De acordo com Palis, o encontro deve voltar a Budapeste em dois anos, mas outra nação deve sediá-lo no ciclo seguinte. “O Brasil tem um destaque especial, por ser o primeiro desses outros países [que virão a sediar o encontro]. É um ato de confiança da comunidade internacional”, afirma.

Legado

Na opinião do presidente da ABC, o evento deixará uma grande herança local, diante dos avanços almejados pelo País. “O fórum simboliza a liderança que o Brasil alcançou, mas devemos ir muito mais longe. Precisamos fazer jus a essa liderança e olhar para o futuro da ciência em relação à sociedade, tanto de imediato quanto em longo prazo.”

Palis prevê como resultado da passagem do FMC pelo Brasil um incremento das atividades “portadoras de futuro”, em termos de desenvolvimento justo e sustentável. “Temos que multiplicar o sucesso que temos na agricultura, cujo exemplo maior é a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária], e na bioenergia, que tem um nível extraordinário no país. Esses são dados que precisam se expressar também em outras frentes”, destacou.

O presidente da academia acompanhará todo o FMC 2013 e participa da mesa de abertura do Seminário Brasil – Ciência, Desenvolvimento e Sustentabilidade, no dia 21. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) realiza o evento nacional, em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e a ABC. Na ocasião, haverá a apresentação de uma síntese dos principais resultados dos sete Encontros Preparatórios ao Fórum Mundial de Ciência.

A ABC integra a Comissão Executiva Nacional do FMC, ao lado do MCTI, do Ministério de Relações Exteriores (MRE), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), do Conselho Nacional Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI), do CGEE, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), do escritório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e dos conselhos nacionais de Secretários para Assuntos Estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti) e das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap).

Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação



14/11/2013 17:21


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