Fórum Mundial de Desenvolvimento Sustentável vai exibir casa ecológica no Rio



Sob a coordenação de Fernando Betim, o Departamento de Arquitetura da PUC-RJ desenvolveu o projeto da Casa Viva Sustentável, apresentado no evento Casa Viva, realizado na universidade em abril deste ano. O modelo de residência ecológica será exibido a cerca de 500 cientistas do mundo inteiro, no Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável, entre os dias 10 e 15 de junho.

O encontro ocorrerá na PUC-RJ e é organizado pelo Conselho Internacional para a Ciência (ICSU) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Federação Mundial de Organizações de Engenharia (WFEO), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Academia Brasileira de Ciências, entre outras instituições. A casa terá 70 metros quadrados de área construída e usará a tecnologia Wood Frame, baseada em estrutura de madeira proveniente de reflorestamento. Todo o material que entra nela, desde a técnica de construção até o produto final, é sustentável.

Betim disse que após estudos de adequação local e uso, o projeto “poderá ser encaminhado como referência de uma possível proposta de ocupação habitacional”. Durante um ano, os pesquisadores e alunos de diversos departamentos da PUC-RJ vão avaliar se o projeto é durável e pode ser reproduzido.

O coordenador do curso de graduação de arquitetura e urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ), Fernando Betim, disse que as construções sustentáveis envolvem um conjunto de ações que devem combinar preocupações sociais, ambientais e econômicas.

“Quando nos propomos a construir algo, devemos, já na escolha dos materiais e processos a serem implementados, conhecer o percurso de cada elemento que será utilizado em sua fabricação, no seu transporte, no seu manuseio, no seu consumo de energia, na sua interação construtiva, na sua manutenção e até no seu descarte”, explicou.

Betim esclareceu que o conceito de sustentabilidade deu a essa palavra uma dimensão universal “e, de certo modo, atinge a todos, pois fala da sobrevivência humana no planeta”. Para ele, as edificações e seus métodos de construção seguem esse caminho.

Fernando Betim avaliou que ser sustentável requer equilíbrio em relação à vida em sociedade, ao ambiente, ao uso dos recursos naturais e às relações humanas, de modo a garantir a harmonia de cada local. Os impactos negativos da falta de equilíbrio nessas áreas serão recebidos em primeiro lugar pelas classes sociais mais desfavorecidas. Ele alertou, contudo, que como as pessoas vivem em uma rede interligada, os impactos acabarão atingindo a todos.

 

Fonte:
Agência Brasil

 

22/05/2012 12:11


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