FRANCELINO PEDE CONTINUAÇÃO DA AJUDA AO SUL DE MINAS
A presença do presidente Fernando Henrique Cardoso nas áreas atingidas pelas enchentes no sul de Minas Gerais e a promessa de ajuda financeira foram muito bem recebidas pelo povo mineiro, de acordo com o senador Francelino Pereira (PFL-MG). Mas a reconstrução das cidades inundadas vai exigir bem mais do que os R$ 5 milhões que o presidente prometeu liberar na forma de recursos emergenciais para todos os estados atingidos pelas chuvas. Em Minas Gerais, os prejuízos deverão chegar a R$ 80 milhões. As cidades em pior situação são Itajubá, São Lourenço, Santa Rita do Sapucaí e Pouso Alegre. - Minas está de olhos voltados para o governo federal e o presidente teve a visão exata de que não poderia ficar no gabinete num momento como este - disse Francelino. O senador disse que o presidente não pode ser criticado por ter decidido liberar inicialmente os R$ 5 milhões por meio de medida provisória, uma vez que não se tem ainda a noção exata da quantia necessária ao soerguimento das comunidades localizadas nas regiões afetadas pelas fortes chuvas.- O dinheiro liberado pelo presidente foi usado justamente para atender a população pobre do meu estado - disse Francelino.O senador relatou os esforços que fez para acompanhar as ações do governo federal com o objetivo de socorrer os mineiros. Francelino permaneceu em Brasília na semana passada onde - além de comparecer ao Senado - visitou autoridades do Ministério da Integração Nacional e da Defesa Civil e dirigentes da Caixa Econômica Federal. O senador defendeu nessas ocasiões a formulação e implementação de uma estratégia conjunta de todas essas esferas para fazer face à calamidade das enchentes.Em aparte, o senador Arlindo Porto (PTB-MG) registrou a importância das medidas emergenciais adotadas, mas disse esperar que o governo federal também exerça o seu papel na reconstrução das localidades arrasadas pelas inundações. Francelino concluiu dizendo que o Orçamento da União deve prever além de verbas para o atendimento a vítimas de calamidades, recursos destinos à prevenção dessas mesmas calamidades.- Convoco o Senado a assumir responsabilidades. O orçamento não pode continuar a ser uma fonte de corrupção - disse o senador.
10/01/2000
Agência Senado
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