Fundação Kellogg destina US$25 milhões para promoção da equidade racial no Brasil
A Fundação Kellogg liberou cerca de US$25 milhões para o financiamento de projetos e ações voltadas para a promoção da igualdade racial no Brasil. Os recursos serão doados através do Fundo para a Equidade Racial (Baobá), lançado na última segunda-feira (5) em em Brasília. Trata-se de uma associação sem fins lucrativos, onde serão mobilizados recursos para apoiar organizações que promovam a causa, com ênfase na inclusão das populações afrodescendentes.
A captação de recursos será uma das principais metas do Baobá, uma vez que a Fundação Kellogg está comprometida a doar R$1 para cada R$1 mobilizado pelo fundo junto a indivíduos e empresas no Brasil e no exterior, até o limite máximo de US$25 milhões.
Para a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, o fundo fará a diferença no contexto atual da luta contra as desigualdades raciais, atuando em três áreas: na produção de informações baseadas em pesquisas de opinião, no âmbito da comunicação, a partir do estímulo à reversão da representação negativa da pessoa negra, e na captação de recursos.
O diretor da Fundação Kellogg, Alejandro Sterling, falou sobre a importância da comunicação no enfrentamento do racismo, e estabeleceu paralelos entre a juventude negra brasileira e a estadunidense em questões relativas à mortalidade e à violência. “Os jovens afrodescendentes são mais vulneráveis e, tanto a comunicação como a produção de informações são fundamentais no enfrentamento do racismo e na garantia dos direitos dessas pessoas”, afirmou.
Para a gestora da Secretaria Nacional da Juventude, Helena Abramo, os jovens vivem hoje um conflito determinado por um lado pelos avanços de políticas públicas em áreas como a educação, por outro, por dificuldades de inserção no mercado de trabalho e a violência. “A juventude negra é a mais atingida e isso requer um tratamento consistente que reverta esse quadro”, afirmou.
Segundo o diretor Executivo do Baobá, Athayde Motta, o fundo foi estruturado nos moldes de organizações congêneres já em funcionamento em outras partes do mundo. “O objetivo principal do Baobá é estabelecer e administrar seu próprio fundo patrimonial e mobilizar recursos, no Brasil e no exterior, tornando-se política e financeiramente sustentável no longo prazo, e capaz de apoiar programas auto-gestionados e iniciativas pró-equidade racial lideradas por organizações de defesa de direitos dos afro-brasileiros”, explicou.
Fonte:
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
07/12/2011 18:22
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