Garibaldi anuncia mudanças no campo institucional
Em entrevista nesta quinta-feira (20), o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, anunciou mudanças, no campo institucional, para a atividade legislativa do Senado em 2008. Disse que virão alterações destinadas a renovar o Regimento Interno, a simplificar o trâmite das medidas provisórias e a reduzir os vetos presidenciais que aguardam deliberação do Congresso.
- São coisas que travam o desempenho do Senado - disse ele.
O presidente do Senado também observou que o ano termina registrando o saneamento da crise que abalou a instituição desde maio, quando surgiram as primeiras denúncias contra o então presidente da Casa, Renan Calheiros. Referindo-se às duas últimas semanas, ele disse:
- Esse foi um período que assinalou a volta da normalidade aos trabalhos legislativos. É preciso agora fazer um esforço para que o Senado não enfrente mais crise como essa. Trata-se de cuidarmos para ter instrumentos preventivos capazes de evitar o retorno da crise - enfatizou Garibaldi.
Sobre a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), matéria aprovada pelo Senado na quarta-feira (19), o presidente da Casa afirmou que essa não foi uma vitória do governo, mas a vitória do entendimento entre governo e oposição. E, referindo-se aos recursos perdidos com a rejeição da proposta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira ( CPMF ), disse que o governo tem alternativas e que elas não implicarão arrocho tributário sobre a população.
São Francisco
Na mesma entrevista, Garibaldi Alves disse que apóia a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) favorável à retomada das obras de transposição do Rio São Francisco e entende que o mais importante nessa questão é a vida de milhões de pessoas sem acesso à água.
- Sem dúvida, essa transposição vai resolver um sério problema de escassez de água. Essa obra de transposição de bacia é a única alternativa que o Nordeste setentrional tem para resolver o problema de doze milhões de pessoas - destacou.
Na opinião de Garibaldi Alves, há um equívoco no discurso dos que são veementemente contrários à transposição do rio, entre os quais se encontra o bispo de Barra (BA), Dom Luiz Flávio Cappio, que estava em greve de fome para que as obras fossem paralisadas definitivamente e desmaiou ao saber da decisão do STF. Para o presidente do Senado, prioritário é salvar vidas:
- É preciso, antes de tudo, salvar a vida de milhões de pessoas. O melhor seria que o bispo encerrasse essa greve de fome. O governo está determinado a fazer a obra, mas todos, evidentemente, tememos pela vida do bispo - argumentou o presidente do Senado.20/12/2007
Agência Senado
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