Garibaldi defende intermediação da OEA na crise da Colômbia com Equador



O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, defendeu a intermediação da Organização dos Estados Americanos (OEA) na busca de uma solução para o conflito gerado pela morte do líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Raúl Reyes em operação desencadeada pelo exército da Colômbia na fronteira daquele país com o Equador, na madrugada do último sábado (1º).

O episódio levou o Equador a romper relações diplomáticas com a Colômbia. Além disso, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, deslocou tropas para a fronteira da Venezuela com a Colômbia e ameaçou de guerra o presidente colombiano, Álvaro Uribe, a quem acusa de "criminoso".

- O Congresso deve acompanhar isso atentamente, e, se for o caso, vamos colaborar para que esse problema seja levado à OEA, para que ela possa participar no sentido de que se implante a paz - afirmou.

Garibaldi disse confiar que, com essa colaboração, o risco de guerra no continente possa ser contornado. Ele ressaltou que o Brasil também vem atuando como intermediador para evitar um conflito e seu eventual alastramento.

Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (3), o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, informou que o governo brasileiro propôs ao secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, a criação de uma comissão de investigação para apurar a ação militar da Colômbia em território equatoriano. A proposta será analisada nesta terça-feira, em uma reunião extraordinária da organização.

Amorim também disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já conversou, por telefone, com os presidentes da Colômbia, Álvaro Uribe, e do Equador, Rafael Correa. Segundo o ministro, Uribe reconheceu a invasão territorial e afirmou ter pedido perdão por essa ação militar, que considera justificada. De acordo com Amorim, o pedido de desculpas não foi aceito.

(Com Agência Brasil)



03/03/2008

Agência Senado


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