Garibaldi identifica "avanços qualitativos" na bancada feminina do Parlamento



Ao abrir a sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o presidente do Senado, Garibaldi Alves, lembrou a origem do Dia Internacional da Mulher, frisando que, na época, as reivindicações básicas das mulheres não eram exorbitantes: pretendiam, apenas, que houvesse igualdade de tratamento entre homens e mulheres nas condições de trabalho e que o direito ao voto não fosse prerrogativa exclusivamente masculina.

O presidente afirmou que o Brasil tem, ainda, um longo caminho a percorrer até realizar o sonho dessas mulheres e da pioneira brasileira na defesa dos direitos da mulher, Bertha Lutz. O Senado, a cada ano, agracia cinco mulheres que, em meio a milhões de compatriotas, destacam-se em atividades específicas de defesa da mulher e de seus direitos, lembrou.

Segundo Garibaldi, as mulheres parlamentares costumam dizer que ainda não estão representadas quantitativamente na área política, porque são poucas as mulheres na Câmara dos Deputados e no Senado.

- Eu me permito discordar: podem ser poucas em número, mas seus avanços qualitativos representam muito, porque elas vêm cumprindo suas missões com denodo. Como presidente, tenho uma visão privilegiada do quanto elas reivindicam, e conseguem, em prol das mulheres, mas também, de todos os brasileiros - destacou.

Garibaldi homenageou as cinco agraciadas com o Prêmio Bertha Lutz e as mulheres presentes à sessão, entre elas as ministras Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, e Dilma Rousseff, da Casa Civil; a mulher do vice-presidente José Alencar, Marisa Gomes da Silva - "exemplo de primeira-dama que orgulha a todas as brasileiras", destacou Garibaldi - e sua própria mulher, Denise Alves.

Deputadas

O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, também prestou homenagem às autoridades presentes e às agraciadas pelo Prêmio Bertha Lutz, lembrando a figura ímpar de Carlota Pereira Queiroz, primeira deputada brasileira.

Chinaglia lembrou que na Câmara, em homenagem às mulheres em 2008, foram escolhidas Olga Benário, mulher de Luiz Carlos Prestes, Cecy Cunha, deputada assassinada há dez anos, Marilena Chauí, representando o pensamento intelectual do Brasil, e Maria Amélia que, apesar de limitação física grave, conseguiu uma mobilização por meio de uma organização não-governamental para defender os direitos das mulheres e das crianças.

Como presidente da Câmara, Chinaglia reconheceu ser impossível atender a todas as demandas que as deputadas mulheres fazem. Observou, porém, que as solicitações são apresentadas com tanta força e convicção que obrigam a maioria dos deputados - que é composta de homens - a dar o seu melhor esforço para atender, com respeito e compromisso, tantas justas reivindicações, afirmou o presidente.



11/03/2008

Agência Senado


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