Gasoduto substituirá importação de gás, explica diretor da Petrobras



A construção do gasoduto Sudeste-Nordeste, apontada como principal alternativa para o abastecimento dos mercados nordestinos, foi decidida pela Petrobras depois que se mostrou inviável a opção de importação de gás natural liqüefeito, segundo explicação dada nesta terça-feira (23) à Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) pelo diretor de Gás e Energia da empresa, Ildo Sauer.

Segundo Sauer, o mercado internacional de gás liqüefeito teve um grande aquecimento nos últimos anos, levando ao aumento do preço do produto. Passou, então, a ser muito mais viável transportar gás do Sudeste para o Nordeste, uma vez que, além do produto proveniente da Bolívia, existe o gás da Bacia de Campos, do Espírito Santo, e da nova Bacia de Santos.

- O mais seguro a fazer é reforçar a atual malha de gasodutos do Nordeste e promover a interligação da Bacia de Campos a Salvador - disse o diretor.

O investimento previsto para a construção do gasoduto Sudeste-Nordeste é de US$ 985 milhões. O estudo de viabilidade técnica e ambiental já foi aprovado, e a Petrobras está agora negociando, de acordo com Sauer, o financiamento da obra com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Nordeste e agências de financiamento da China e do Japão. "Assim que sair a licença ambiental, os recursos estarão assegurados", previu.

Ainda durante a audiência na CI, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrela, observou que o campo de Manati, outra alternativa para o abastecimento da região, é uma extensão da Bacia do Recôncavo Baiano, uma vez que as condições geológicas são as mesmas. Por isso, informou, haverá facilidade para o início da produção do campo, que tem 25 bilhões de metros cúbicos entre reservas provadas e possíveis.

Por sua vez, o diretor de Exploração e Produção da Queiroz Galvão Participações, José Augusto Fernandes Filho, afirmou que a empresa - que explora o campo de Manati - tem "muita expectativa" de descobrir novas jazidas de gás na Bahia.





23/03/2004

Agência Senado


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