Geovani Borges alerta para situação da Saúde no Oiapoque
Em discurso em Plenário nesta segunda-feira (8), o senador Geovani Borges (PMDB-AP) denunciou a situação de abandono em que se encontra o atendimento de Saúde na cidade de Oiapoque, ao norte de seu estado, o Amapá. O senador alertou para a situação do município, com cerca de 20 mil habitantes, que segundo ele conta apenas com dois médicos trabalhando na rede pública, quando o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para população deste tamanho seria de 17 profissionais.
Geovani Borges afirmou ainda que a unidade de Saúde do município dispõe de apenas uma sala de observação com três leitos e de outra sala, para casos de emergências, com um único leito. O senador criticou a postura da Secretaria de Saúde do Amapá, que prometeu reestruturar as unidades de saúde do interior do estado para desafogar o atendimento na capital, Macapá, sobrecarregado com pacientes de toda a região mas até agora, nada teria feito.
- O caos na saúde estadual tem se instalado desde o primeiro semestre do anoe as autoridades têm feito vista grossa para tratar do assunto. Contrato com fornecedores e prestadores de serviços não estão sendo renovados, processos licitatórios emperram, a aquisição de medicamentos e materiais cirúrgicos empaca. Para sobreviver, os pacientes estão pagando a conta do governo. Os gastos são com medicamentos, itens de alimentação, acomodação e até órteses e próteses - descreveu o senador.
Como exemplo, Geovani Borges citou o caso da família do jovem Arleson de Abreu, de 19 anos, que, sem atendimento na cidade e sem dinheiro para providenciar a remoção do rapaz para a capital, pediu ajuda ao estado. Sem resposta por três dias, a namorada do rapaz precisou denunciar o caso em uma rádio local para conseguir a transferência do paciente, em estado grave, para Macapá, onde enfim pode ter o tratamento que exigia a doença. Para o senador, o "grito" na cidade é um só: recorrer ao Ministério Público estadual para assegurar atendimento médico.
- Cadê esses gestores? Cadê a garantia aos pacientes do SUS? Até quando nossa população continuará sendo tratada como se fosse mercadoria de segunda mão? Como se a dor do cidadão do Amapá fosse menor, menos importante? - questionou Geovani Borges, acrescentando ainda que as queixas não vêm apenas de pacientes, mas também dos profissionais, mal remunerados e sem condições para trabalhar.
O senador concluiu explicando que as denúncias na área de Saúde são uma tentativa de evitar que Oiapoque, conhecido como um dos pontos extremos do país por meio da expressão "Do Oiapoque ao Chuí", fique ainda mais famoso pelo abandono à sua população.
08/08/2011
Agência Senado
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