Gilberto Carvalho nega investigação paralela no caso Rosemary Noronha



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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, negou que tenha havido investigação paralela ao processo de sindicância realizado pela Casa Civil para apurar denúncias de tráfico de influência por parte da ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha.

Convidado a explicar o caso em audiência na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), nesta terça-feira (18), ele contou que a Casa Civil instaurou a sindicância três dias depois de deflagrada a Operação Porto Seguro, que revelou esquema de fraudes em pareceres de agência reguladoras, envolvendo Rosemary Noronha.

- Como as pessoas que de alguma forma estavam envolvidas nessa ação se espraiavam por várias outras instâncias do governo, verificamos que a Casa Civil era a instância mais adequada para realizar a sindicância – disse.

O que foi tratado como investigação paralela em matéria da revista Veja, segundo Carvalho, tratou-se de acompanhamento do caso pela Secretaria de Controle Interno (Ciset), procedimento normal do órgão, composto por funcionários de carreira ligados à Controladoria Geral da União (CGU), com autonomia de atuação.

Conforme o ministro, esse acompanhamento resultou em documento da Ciset de alerta à Casa Civil sobre procedimentos que poderiam suscitar eventual nulidade do processo de sindicância, o que foi tratado por Veja como investigação paralela.

Viagens oficiais

Respondendo a questionamento do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), autor do requerimento para realização da audiência, o ministro informou que Rosemary Noronha integrava comitivas presidenciais em viagens oficiais ao exterior como colaboradora do cerimonial. De acordo com informações de Veja, citadas por Aloysio Nunes, ela teria acompanhado o presidente em visita oficial a 23 países, de 2007 a 2010.

Ainda respondendo ao senador tucano, o ministro confirmou que Rosemary Noronha estava hierarquicamente subordinada a ele, mas negou que tivesse conhecimento das atividades irregulares reveladas pela Operação Porto Seguro.

Gilberto Carvalho confirmou ter sido alertado por dirigentes da Agência Nacional de Águas (ANA) sobre problemas com pessoas indicadas pela funcionária para cargos na autarquia. Esses indicados são apontados pela Operação Porto Seguro como responsáveis por fraudes em pareceres da agência.

Já o senador Rodrigo Rollemebrg (PSB-DF) quis saber se são verídicas denúncias também da Veja de que agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), presos em operação no Porto de Suape, em Pernambuco, estariam envolvidos em espionagem ao governador do estado, Eduardo Campos (PSB). O ministro negou.

- Ainda ontem falei com o general [José] Elito [ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional], que me disse categoricamente que não é verdadeira aquela matéria da revista - relatou Gilberto Carvalho.

Os senadores Anibal Diniz (PT-AC), José Pimentel (PT-CE), Ana Rita (PT-ES) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) elogiaram o trabalho de Gilberto Carvalho à frente da Secretaria-Geral da Presidência da República.



18/06/2013

Agência Senado


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