Gilvam Borges defende o voto aberto em todas as decisões do Congresso
O senador Gilvam Borges (PMDB-AP) defendeu, nesta sexta-feira (14), a adoção do voto aberto em todas as deliberações do Parlamento. Ele afirmou que, desde o início de sua vida pública, sempre fez a defesa aberta e vigorosa de suas convicções políticas, diante de quaisquer circunstâncias.
Gilvam Borges afirmou, também, ter chegado a hora de "deixar as fofocas de lado", dando por encerrada a crise que envolveu o Senado nos últimos meses, e partir para a votação das reformas de que o país precisa, começando pela reforma política.
O senador lembrou que um político tradicional como o senador Marco Maciel (DEM-PE) vem defendendo a relevância da reforma política há muitos anos, sendo "estranho e incompreensível" que os demais parlamentares não tenham a noção da urgência da aprovação dessa reforma.
- Se formos olhar as causas das crises da política brasileira nesses últimos anos, veremos que elas residem, muitas vezes, na proliferação de legendas partidárias, porque podemos contar nos dedos os partidos que têm substância e ideologia - observou.
Gilvam Borges disse, ainda, que o "jogo de cadeiras" entre partidos precisa ser combatido, pois não há como os partidos se fortalecerem se um mecanismo de fidelidade partidária não colocar um freio no "entra e sai", que representa um desrespeito ao eleitor e à sua vontade expressa nas urnas.
O parlamentar pelo Amapá defendeu, ainda, regras claras para a arrecadação de recursos para as campanhas eleitorais, bem como para a maneira com que esses recursos devam ser gastos.
Gilvam Borges lembrou que muitas propostas de reforma política já foram apresentadas no Congresso, mas não prosperaram. Hoje, registrou, há uma reforma política "andando a passo de tartaruga". Tudo estará fadado ao esquecimento caso um esforço sério não seja feito para aprová-la, declarou.
Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) considerou muito bom que o Congresso comece a ter uma agenda positiva e defendeu que esse esforço tenha início pela votação do fim do voto secreto.14/09/2007
Agência Senado
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