GILVAM BORGES PREGA PROFUNDIDADE NAS INVESTIGAÇÕES DA CPI DOS BANCOS



"É preciso ir fundo nas averiguações", conclamou nesta quarta-feira (dia 28) o senador Gilvam Borges (PMDB-AP), ao sugerir a quebra de quantos sigilos telefônicos, fiscais e bancários forem necessários para que a CPI do Sistema Financeiro realize seus objetivos, passando a limpo o sistema financeiro e dando-lhe mais confiabilidade e transparência. "Fora os corruptos, fora os irresponsáveis e vamos ao encontro do povo", pregou ele.Classificando de "incestuosas" as relações entre o interesse público e o privado, na área financeira, Gilvam Borges defendeu dois tipos de quarentena para os dirigentes do Banco Central - a quarentena de entrada, em que o candidato, nos quatro anos anteriores à sua nomeação, não poderá ter exercido cargos no sistema financeiro privado; e a quarentena de saída, em que o ex-diretor não poderá ter vínculos com o sistema financeiro privado nos quatro anos seguintes à sua exoneração.Conforme o senador, a negativa de Francisco Lopes em depor na CPI do Sistema Financeiro deixou patente a necessidade urgente de uma profunda devassa em todo o sistema, com vistas a um saneamento e a uma reforma radicais, que evitem a continuidade dessas "situações escandalosas e de desperdício de recursos públicos". Em sua opinião, além de estabelecer a autoria de possíveis ilícitos, é preciso que essa CPI proponha mecanismos de preservação da moralidade pública no sistema financeiro.Inspirado no presidente da Casa, Antonio Carlos Magalhães, defensor de uma agenda positiva para o país, Gilvam Borges disse que cabe aos parlamentares apoiar efetivamente as CPIs do Sistema Financeiro e do Judiciário. Ele pediu que os legisladores identifiquem e removam, por meio de uma legislação pertinente, os gargalos institucionais que consomem recursos públicos e privam a população de conhecer decisões que tanto afetam sua vida.O senador pelo Amapá sugeriu que as CPIs atuem sempre de forma coordenada com o Ministério Público, mas com cuidado para não apontar um outro culpado individual, "em arroubos justiceiros tão inconseqüentes quanto superficiais". Para o parlamentar, a essência dos problemas investigados exigem iniciativas legislativas de maior fôlego e de efeitos mais duradouros.

28/04/1999

Agência Senado


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