Gilvam classifica Funasa de "ilha de excelência" na administração pública



Ao classificar a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) como "uma ilha de excelência" na administração pública do país, elogiando a atuação do presidente do órgão, Paulo Lustosa, o senador Gilvam Borges (PMDB-AP) opinou que a receita para uma boa administração é encontrar o ponto de equilíbrio entre o político e o gerencial. Ele comentou que, em apenas um ano e meio na presidência da Funasa, Lustosa conseguiu imprimir um dinamismo de empresa privada na instituição.

- Criada em 1991, a Funasa jamais figurou entre os órgãos que atraem o interesse da base parlamentar dos sucessivos governos. Hoje, no entanto, é uma das jóias da coroa do poder. Passou a fazer parte do mapa da Esplanada dos Ministérios, embora ocupe modestas instalações fora daquela geografia. Não por acaso, seu gestor chegou a ser cogitado, ano passado, para assumir a titularidade de diversos ministérios - afirmou Gilvam Borges.

Como exemplo da boa gestão atual da Funasa, Gilvam afirmou ter sido a Fundação o único órgão público que conseguiu executar, no ano passado, quase a totalidade de sua receita orçamentária: 96%. Ele lembrou que muitas instituições reclamam de insuficiência orçamentária, mas sequer conseguem gastar o orçamento disponível, por falta de projetos tecnicamente consistentes.

Gilvam Borges destacou que a Funasa tem conseguido avanços importantes nos últimos anos, o que comprovaria um sinal na melhoria do seu padrão gerencial. Ele informou que a taxa de mortalidade entre os povos indígenas caiu de 6,7 mortes por mil habitantes no ano 2000 para 4,8 mortes em 2005. O senador antecipou que a queda no ano passado deverá ser ainda maior, já que, com 80% dos dados consolidados, o índice apurado foi de 2,5 mortes por mil.

Preocupado com o agravamento da violência no país, Gilvam Borges, ao final do seu pronunciamento, se colocou à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para exercer o cargo de ministro da Justiça. Ele disse que, em seis meses, poderia dar uma contribuição decisiva para minimizar o problema. Os senadores Heráclito Fortes (PFL-PI) e Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) opinaram que melhor seria Gilvam assumir o Ministério da Defesa para resolver o caos que se instalou no setor aéreo.



12/02/2007

Agência Senado


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