Governador anuncia queda de 29% nos casos de gravidez na adolescência
Em 2005 foram 105.003 mulheres com menos de 20 anos grávidas, contra 148.019 em 1998
O governador Cláudio Lembo anunciou nesta terça-feira, dia 8, a redução em 29% dos casos de gravidez na adolescência no Estado de São Paulo. Os números foram obtidos em levantamento da Secretaria de Estado da Saúde. Em 2005, houve 105.003 mulheres menores de 20 anos grávidas, uma queda de 29% em relação a 1998, quando foram registrados 148.019 casos.
A redução de casos de gravidez na adolescência se repete há sete anos (Em 1999, 144.362 casos; em 2000, 136.042; em 2001 houve 123.714; em 2002, 116.368. Em 2003 foram 108.945 e, em 2004 106.737). “Nós, seres humanos, sempre vencemos a natureza. Vencemos a natureza retificando rios, alternando montanhas. Porém o ser humano demorou muito para vencer a sua própria natureza. Vamos romper tabus e preconceitos muito profundos nas raízes culturais do Brasil. Temos que fazer com que a concepção seja objeto das limitações naturais do corpo humano. Não é justo, não é legítimo, que a mulher tenha dez doze filhos como acontecia no passado e às vezes, em certos segmentos, ainda hoje”, afirmou o governador.
Outra queda expressiva registrada no Estado foi a de gravidez em meninas com idade entre 10 e 14 anos. Comparando-se 2005 com 1998 a redução foi de 29,7%. Foram 3.181 meninas nesta faixa etária grávidas em 2005, contra 4.528 em 1998.
Também nesta faixa etária os números têm diminuído ano a ano Em 2004 foram 3.229 grávidas entre 10 e 14 anos. Em 2003, 3.445. Em 2002, 3.754. Em 2001, 3.700. Em 2000, 4.072. No Estado de São Paulo 0,5% dos partos são nesta faixa etária.
As 105.003 adolescentes grávidas em 2005 representaram 16,9% do total de partos no Estado. Esse índice foi de 17,0% em 2004, 17,6% em 2003 e 19,4% em 2002.
Desde 1996 a Secretaria adotou um modelo de atendimento integral à adolescente, que contempla os aspectos físico, psicológico e social, e que começou a mostrar resultados dois anos depois. Os resultados já aconteceram em 1998 - por isso a Secretaria utiliza o ano como comparação. Além de informação e orientação, o trabalho busca identificar as emoções, medos e dúvidas dos adolescentes sobre afetividade, relacionamentos e sexo seguro. Rotineiramente a Secretaria organiza palestras e cursos a profissionais médicos que cuidam de adolescentes por todo o Estado.
“A diminuição constante do número de adolescentes grávidas demonstra que o novo modelo de atendimento aos jovens deu certo e, por isso, está sendo expandido. Trata-se de um resultado importante, conseqüência de um trabalho pioneiro que a Secretaria vem realizando com os jovens há pelo menos dez anos”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
Na capital as adolescentes desde o início da década de 90 um serviço especializado, considerado um dos melhores do Brasil. A Casa do Adolescente oferece profissionais de diversas áreas, entre médicos, dentistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e professores, todos especializados em orientação sexual a jovens. Também há cursos de inglês e espanhol, aulas de dança, cursos de culinária, de artesanato e terapias em grupo.
O sucesso do trabalho levou a Secretaria ampliar o projeto da Casa do Adolescente. Desde 2005 a Secretaria tem ampliado o projeto de sucesso. Hoje são 10 unidades na capital, Grande São Paulo e litoral do Estado.
“Em 2003 e 2004 São Paulo já tinha os
08/08/2006
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