Gravidez na adolescência cai 32% em SP



Em 2006 foram 100.631 mulheres com menos de 20 anos grávidas no Estado, contra 148.019 em 1998

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Atualizada às 13h38

A gravidez na adolescência caiu 32% no Estado de são Paulo. É o que aponta o mais recente levantamento da Secretaria Estadual da Saúde. Em 2006 houve 100.631 mulheres com menos de 20 anos grávidas, contra 148.019 casos ocorridos em 1998. O estudo foi divulgado nesta terça-feira, 11, em evento no Amparo Maternal Maternidade Social, na Capital, e contou com a presença do governador José Serra.

Desde 1996, a Secretaria adotou um modelo de atendimento integral à adolescente, que contempla o aspecto físico, psicológico e social, e que começou a mostrar resultados dois anos depois. Os resultados já aconteceram em 1998 – por isso a Secretaria utiliza o ano como comparação – e a tendência se manteve, conforme comprovam os números da tabela abaixo:

ANO

Número de casos

1998

148.019

1999

144.362

2000

136.042

2001

123.714

2002

116.368

2003

109.082

2004

106.737

2005

104.984

2006

100.631

As 100.631 adolescentes grávidas em 2006 representaram 16,6% do total de partos no Estado. Esse índice foi de 16,9% em 2005, 17,0% em 2004, 17,5% em 2003 e 18,4% em 2002.

“Foi uma redução significativa, mas 100 mil ainda é um número alto. Por isso, vamos ampliar e intensificar nossas ações”, afirmou o governador José Serra. Entre as ações que contribuíram para a queda da incidências de mães muito jovens no Estado, o governador citou o atendimento em postos de saúde, maior capacitação de profissionais destinados ao atendimento das jovens e as Casas do Adolescente. Esse último programa, que foi implantado na Capital e na Baixada Santista, segundo o governador será levado para todo o estado.

Atendimento diferenciado

Além de informação e orientação, o modelo de atendimento estadual busca identificar as emoções, medos e dúvidas dos adolescentes sobre afetividade, relacionamentos e sexo seguro. Rotineiramente a Secretaria investe em capacitação, organizando palestras e cursos a profissionais médicos que cuidam de adolescentes por todo o Estado.

"Esse trabalho vem sendo aprimorado constantemente. A cada ano mais profissionais de saúde das redes estadual e municipal são treinados para lidar com os jovens de forma diferenciada, trabalhando, principalmente, as emoções. Por isso os números de gravidez só tendem a cair", afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

"Os adolescentes, no geral, são bem informados sobre prevenção contra a gravidez indesejada. Mas a insegurança em relação ao parceiro, a baixa auto-estima e a falta de um projeto pessoal por vezes trazem vulnerabilidade ao jovem. São Paulo percebeu isso há uma década e está virando o jogo", afirma a coordenadora de Saúde do Adolescente da Secretaria, Albertina Duarte Takiuti.

Anticoncepcionais

Para auxiliar na prevenção à gravidez indesejada, a Secretaria decidiu ampliar o acesso das mulheres, inclusive adolescentes, a métodos anticoncepcionais. Desde julho estão disponíveis contraceptivos comuns em 20 unidades da Farmácia Dose Certa, na capital, situadas em estações de metrô, trem e centros de saúde. Em agosto esses locais passaram a distribuir pílulas do dia seguinte, camisinhas e panfletos informativos sobre contracepção de emergência.

Para o interior, litoral e Grande São Paulo a Secretaria também enviou, em agosto, anticoncepcionais, pílulas do dia seguinte e DIUs, para distribuição em Unidades Básicas de Saúde, em complemento ao repasse do governo federal.

Manoel Schlindwein / Secretaria Estadual da Saúde

(I.P.)



09/11/2007


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