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Governador Serra recebe presidente do Benin

Juntos, eles abriram exposição com trabalhos de artistas beninenses no Museu AfroBrasileiro, na Capital

O governador José Serra recebeu na noite desta quinta-feira, 16, no Museu AfroBrasileiro do Parque Ibirapuera, Capital, uma comitiva da República do Benin, liderada por Yayi Boni, presidente do país localizado no oeste do continente africano. O encontro marcou a abertura da exposição com trabalhos de artistas beninenses selecionados pelo curador da mostra, Emanoel Araujo.

Após uma audiência de pouco mais de 20 minutos, José Serra e Yayi Boni abriram a exposição que permanece no Museu AfroBrasileiro até janeiro. Eles assistiram a apresentações de grupos temáticos e percorreram os corredores para conferir esculturas produzidas no Benin, fotos e um acervo com turbantes e colares originários daquele país.

A mostra reúne também o artesanato do país que faz fronteira com o leste da Nigéria, o norte do Niger e tem como língua oficial o francês. A exposição é uma oportunidade para uma rápida viagem a nação hoje com oito milhões de habitantes, renda per capita de US$ 1100 e com um passado peculiar em relação ao Brasil. Saíram de lá os primeiros escravos exportados pelos portugueses rumo a terra descoberta por Pedro Álvares Cabral.

Justamente por esse motivo, o governador José Serra, em seu discurso, lembrou que a relação entre brasileiros e beninenses não é nova. "A exposição será um ótimo espaço para conhecermos melhor uma das mais fortes matrizes de nossa cultura e da nossa identidade", afirmou.

Para o governador de São Paulo, a mostra reitera o vigor das artes plásticas do Benin. "Essa arte foi muito importante para a definição da Arte Moderna no século XX, bem como para a Arte Contemporânea no início deste século XXI", analisou Serra.

Antes de encerrar seu pronunciamento, José Serra disse que a exposição simboliza o começo de um futuro comum de cooperação, desenvolvimento e fraternidade entre o Brasil e o Benin.

O presidente do país africano, Yayi Boni, contou ter ficado emocionado com a riqueza da mostra. Ele afirmou que as relações culturais sempre prevaleceram entre os dois países, porém, na sua avaliação, o próximo passo será fortalecer a balança comercial dos dois povos. Nesse sentido, Yayi informou que esteve reunido com empresários paulistas na sede da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) com o propósito de acelerar as transações. "São Paulo concentra o grande poder econômico e cultural do Brasil. Esse Estado é o pulmão deste país", elogiou Yayi.

Para o curador da mostra Emanoel Araujo, o objetivo da exposição é resgatar a similaridade em muitos aspectos no cotidiano da população do Benin e do Brasil, sobretudo pelo caráter histórico. "O brasileiro certamente vai encontrar um pouco da sua raiz. É uma corrente muita viva por uma série de motivos, entre elas, o nosso próprio descobrimento", apontou Araujo.

Prestigiaram a abertura da mostra o Secretários Estaduais da Cultura, João Sayad, de Comunicação, Hubert Alquéres, e de Economia e Planejamento, Francisco Vidal Lula; a assessora especial para Assuntos Internacionais do governo de São Paulo, Helena Gasparian; e o embaixador do Brasil no Benin, Carmelito de Melo.

Cleber Mata

(I.P.)

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