Governo de São Paulo assina a primeira PPP do País
Secretário dos Transportes Metropolitanos assina contrato da Parceria Público-Privada para a Linha 4 do Metrô de São Paulo
O governo do Estado de São Paulo firmou, nesta quarta-feira (29/11), a primeira Parceria Público-Privada (PPP) do Brasil, a da Linha 4 (Vila Sônia-Luz) do Metrô, com a assinatura do contrato de concessão, por 30 anos, para a operação e manutenção, além da compra da frota de 29 trens e sistemas operacionais complementares da nova linha metroviária, no valor de US$ 340 milhões, a cargo do consórcio privado vencedor da licitação internacional, a empresa “Concessionária da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo S.A.”
“Essa parceria do governo do Estado com o setor privado, que investirá cerca de R$ 800 milhões na linha da integração do Metrô, é uma iniciativa inédita no País e muito promissora para a tão desejada expansão da rede metroviária de São Paulo”, destaca o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.
A assinatura deste contrato conclui o processo de constituição da PPP da Linha 4 do Metrô, após a realização de várias etapas, que incluíram a recente revogação (28/11), pelo Tribunal de Justiça do efeito suspensivo anteriormente concedido ao Sindicato dos Metroviários e outros que impedia o governo do Estado de São Paulo assinar o contrato com a empresa vencedora da licitação.
Linha da integração
A operação comercial da primeira etapa da Linha 4, chamada “linha da integração”, está prevista para dezembro de 2008, com uma frota de 14 trens (de 6 carros cada um). Nessa etapa, a linha vai funcionar com seus 12,8 quilômetros de vias subterrâneas e as seis estações priritárias: Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz, que farão integração física e tarifária com as demais linhas do Metrô (linhas 1, 2 e 3, respectivamente, nas estações Luz, Paulista e República) e ligação indireta com a Linha 5 (Capão Redondo-Largo Treze), através da Linha “C” da CPTM- Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, na estação Pinheiros (e acesso posterior na estação Santo Amaro).
A estação Butantã terá terminal de ônibus urbano para receber as linhas intermunicipais da região Sudoeste da metrópole, além das linhas da Cidade Universitária da USP. Já a estação Faria Lima será fundamental para a revitalização urbana da área dos largos da Batata e Pinheiros.
A demanda diária estimada para a primeira etapa de operação da Linha 4 é de 704 mil passageiros. Quando estiver totalmente concluída, em 2012, a Linha 4 passará a operar, na mesma extensão subterrânea de 12,8 km, outras cinco estações (Vila Sônia, São Paulo/Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Mackenzie/Higienópolis), com acréscimo de 15 trens em sua frota, e deverá transportar diariamente 970 mil pessoas.
No momento, as obras de construção da nova linha metroviária envolvem 27 frentes de obras, por toda a extensão do percurso, de Vila Sônia (local do futuro pátio de manutenção e estacionamento da frota de trens da linha) até a estação Luz (onde a Linha 4 , além de se conectar com a Linha 1 do Metrô, também terá integração com a malha ferroviária da CPTM).
A construção do trecho entre Vila Sônia e a futura estação Faria Lima (no Largo da Batata, em Pinheiros), com subsolo de rochas irregulares, utiliza basicamente o método de escavação NATM (New Austrian Tunneling Metod), ou túnel de mineração, com o uso de explosivos, escavadeiras e jateamento de concreto pelos operários. Já no trecho entre as estações Faria Lima e Luz, com outras características geológicas, será empregado na escavação e finalização do túnel o equipamento shield “megatatuzão”, importado da Alemanha, em fase de montagem na obra da estação Faria Lima, que deverá construir, a partir do in
11/29/2006
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