Governo do Estado demite oficial da Polícia Militar envolvido em roubo de caminhões e desmanches



Somente no ano passado o governador Mário Covas demitiu ou expulsou das polícias Civil e Militar 798 policiais

Somente no ano passado o governador Mário Covas demitiu ou expulsou das polícias Civil e Militar 798 policiais Coerente com sua política de moralização das instituições públicas, o governador Mário Covas acaba de demitir a bem do serviço público o capitão do Polícia Militar Cleodir Fioravante Nardo. Envolvido em roubo de caminhões, agiotagem e por expedir ofícios clandestinos à Scania Vabis do Brasil, solicitando plaquetas de identificação e selos destrutíveis de caminhões, cuja procedência não pode ser explicada nem comprovada, o capitão Cleodir foi julgado, pelos juizes do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo, e considerado “incapaz de permanecer na ativa da Polícia Militar, devendo ser declarado indigno do oficialato com perda do seu posto e patente.” Além disso, o caso alcançou tal repercussão que mereceu apreciação por parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado na Assembléia Legislativa do Estado. As acusações que pesavam contra o oficial PM eram as seguintes: - Conduta irregular, de natureza grave, por se ter utilizado de sua condição de oficial para, em 14 de outubro de 1996, tentar interferir no registro de ocorrência policial referente à localização de caminhão roubado no interior da empresa Scandutra, em Guarulhos. Na ocasião, determinou aos policiais militares em serviço que adulterassem a localização do veículo roubado, registrando que o haviam encontrado fora da empresa. Os policiais, além de não atender à ordem do capitão, denunciaram o fato à Corregedoria da Polícia Militar, dando origem ao processo que culminaria com a sua demissão. - Agiotagem. Trocar cheques, sem ter empresa autorizada para isso, em qualquer local, inclusive nas dependências do Quartel do 2º Batalhão de Choque da Capital, cobrando juros muito acima dos valores vigentes no mercado. Exemplo disso foi o caso ocorrido com Maria Aparecida Gonçalves, de quem, para saldar as dívidas, tomou o carro que pertencia a seu pai sem lhe restituir os cheques e notas-promissórias dados em garantia. - Por manter estreito relacionamento com pessoas com ficha criminal comprovadamente extensa e desabonadora. - Por expor o nome do 2° Batalhão de Polícia de Choque, e da própria Corporação, ao expedir ofícios clandestinos e inverídicos à Scania Vabis do Brasil, solicitando plaquetas e selos para caminhões de procedência duvidosa ou inexplicada. - Estreito relacionamento entre o capitão e o suposto proprietário do desmanche Scandutra, José Miguel Coluna Fraguas, onde foi encontrado o caminhão roubado. - Devido à alta repercussão que este caso e outros alcançaram, foi instalada, no âmbito estadual, uma CPI para investigar o crime organizado. Após rigoroso trabalho de apuração, as conclusões incriminaram o oficial. Frente aos fatos apresentados pela acusação e pela defesa, os juizes do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo julgaram o réu culpado e indigno para o oficialato. Hoje, dia 23 de março de 2000, foi publicado no Diário Oficia

03/23/2000


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