Governo do Estado reafirma apoio ao Protocolo de Kyoto no I Seminário Nacional do Fórum Brasileiro d
As mudanças climáticas e seus impactos socioeconômicos foram tema de seminário que reuniu a sociedade civil e autoridades nacionais
As mudanças climáticas e seus impactos socioeconômicos foram tema de seminário que reuniu a sociedade civil e autoridades nacionais O governador Geraldo Alckmin participou neste sábado, dia 30, no auditório Simon Bolívar, do Memorial da América Latina, da abertura do I Seminário Nacional do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas – Protocolo de Kyoto: o Brasil em Apoio ao Planeta. Organizado pelo Governo Federal, o evento discutiu os impactos socioeconômicos e ambientais causados pelo aquecimento global, contando com a participação de líderes políticos, empresários, ONGs, membros da sociedade científica e civil. Para Alckmin, o que antes era apenas uma suposição passou a ser universalmente reconhecido pela ciência, já que as alterações de clima são mais graves do que se imaginava. “Embora os maiores causadores da emissão de gases que estão alterando o clima no planeta sejam os países industrializados, em especial os EUA, com 25%, penso que o governo, em todas as suas instâncias, federal, estadual e municipal, tem que fazer sua parte na construção de uma cidadania planetária”, defendeu. Aprovado no Japão, em 1997, o Protocolo de Kyoto prevê que os países desenvolvidos terão a obrigação de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa em pelo menos 5% se comparados aos níveis de 1990. A medida deve ser adotada a partir de 2008. O protocolo estabeleceu ainda a criação de um Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, sugerido de uma proposta brasileira, que resultará no investimento em projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa em países em desenvolvimento. O acordo foi firmado por 59 países, entre eles o Brasil, mas precisa ser ratificado por todos para entrar em vigor. Juntas, essas nações representam 55% das emissões de carbono na atmosfera. No entanto, o anúncio de que os EUA não estão dispostos a ratificar o acordo está mobilizando os demais países signatários, já que se trata da nação responsável por nada menos que 25% das emissões mundiais desses gases. “Este fórum confirma a posição do Brasil como protagonista internacional na questão ambiental, conquistada com a ECO/92, e destaca a preocupação do governo brasileiro em compreender as mudanças ambientais relacionadas com o desenvolvimento econômico mundial”, disse o secretário executivo do Fórum, Fábio Feldmann. Ele lembrou que as mudanças climáticas se tornaram o principal tema das questões ambientais, já que em relatórios recentes, os cientistas divulgaram a gravidade do problema e que ele vai se intensificar ao longo de 100 anos. Para Feldmann, o grande desafio da temática é como internacionalizar na sociedade dos países signatários do protocolo de Kyoto as decisões que são tomadas em convenções internacionais. “Por isso, a importância do fórum, que visa fazer a interface entre o Governo e a sociedade”. Cidadania Planetária O governador Geraldo Alckmin destacou que os governos devem não somente ser gestores das políticas públicas voltadas para a redução de emissão de gases, como também grandes indutores desta ação na sociedade. Para ele a situação oferece riscos e oportunidades. “É preciso realizar estudos para saber as vulnerabilidades que a mudança climática pode trazer para São Paulo”, observou. Por outro lado, sustentou Alckmin, existem oportunidades enormes para o Estado e o Brasil na implantação do mecanismo de desenvolvimento limpo. O governador lembrou que em 1995, pouco depois da entrada da convenção de mudanças climáticas em vigência, o Governo de São Paulo estabeleceu como uma de suas prioridades a implantação do Programa Estadual de Mudanças Climáticas - Proclima. Com esta iniciativa, a Cetesb vem colaborando intensamente com o Ministério de Ciência e Tecnologia na elaboração do inventário de gás metano, emitido pelos lixões e aterros sanitários. “O projeto de utilização deste gás como fonte de energia pode ser inserido no mecanismo de desenvolvimento limpo”, acrescentou Alckmin. Mobilização “Ainda que a ratificação do protocolo de Kyoto enfrente uma grande resistência por parte dos EUA e de setores que se consideram prejudicados pela transição de uma sociedade baseada no carbono para uma sociedade sustentável, acredito que possamos chegar a ela por meio de uma mobilização da sociedade e dos cid06/30/2001
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