Governo e sociedade discutem situação de mulheres com deficiência



Tirar da invisibilidade 26 milhões de mulheres com deficiência. Este é o objetivo do I Seminário Nacional de Políticas e Mulheres com Deficiência iniciado, na quinta-feira (7), em Brasília. Participam representantes de entidades de todas as regiões do país para discutir ações de políticas públicas que não só respeitem as diversidades, mas também que promovam a conquista de posto de comando. 

Durante a solenidade de abertura, a secretária-executiva da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Lourdes Bandeira, lembrou que as mulheres são maioria do total de 45 milhões de deficientes no Brasil. “O seminário está trazendo esse público para a visibilidade”, observou. Ela explicou que a necessidade de aliar a questão de gênero à deficiência ocorre porque essas mulheres estão envelhecendo e ainda sofrem com a violência. “O que significa maior demanda de política pública para atendimento a essa parcela da população”.

A secretária-executiva afirmou que o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres prevê ações que asseguram o protagonismo na questão de gênero com deficiência, o acesso ao mercado de trabalho, à educação e saúde e o enfrentamento à violência. Citou o acolhimento e a orientação prestados pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, que recebe cerca de 2 mil ligações por dia e funciona 24 horas. 

Integrante da mesa de abertura, o titular da Secretaria Nacional das Pessoas com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR), Antônio José Ferreira, destacou que a ideia é realizar seminários descentralizados para fortalecer as futuras discussões sobre o tema. “É a primeira vez que acontece um encontro desse porte promovido pelo governo federal”, lembrou. 

Ferreira afirmou que a Secretaria busca a transversalidade, especialmente nas áreas de educação, saúde e qualificação para tratar a questão da mulher com deficiência. Emocionada, Carmem Fogaça, representante do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, disse que o seminário representa o começo de uma nova história. O desafio, acrescentou, “é mostrar quem somos, onde estamos e quais as nossas necessidades para que sejam traçadas políticas de resgate”. 

Um dos problemas apontado por Carmem Fogaça é que as mulheres com deficiência são vistas como assexuadas. Esse também foi o ponto ressaltado por Arenilda Duque, representante dos Gestores de Políticas para Mulheres. Ela destacou ainda a necessidade da conquista de poder, como eleger representantes das mulheres com deficiência para a Câmara dos Deputados. 

Marli Conzate, coordenadora do Fórum de Política da Pessoa com Deficiência defendeu a qualificação e a busca pela igualdade.  Promovido pela SPM e pela SDH-PR, o seminário prossegue até sábado (09/11), em Brasília.

I Seminário Nacional de Políticas Públicas e Mulheres com Deficiência
Data: de 7 a 9 de novembro de 2013
Local: Hotel Nacional (Setor Hoteleiro Sul, Quadra 1, Bloco A, Brasília – DF)

Fonte:
Secretaria de Políticas para as Mulheres



08/11/2013 16:27


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