Governo federal quer ter estatais com eficiência de mercado
O governo federal espera dinamizar o serviço prestado pelas 147 empresas estatais existentes e aumentar o foco de cobertura dessas empresas. Com isso, a abertura de novas estatais não está entre as prioridades do governo no curto prazo. As informações são do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest) do Ministério do Planejamento.
Um exemplo de funcionamento desse modelo é a atuação do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tem como foco o financiamento de empresas a longo prazo. Segundo Murilo Barella, diretor do departamento, é possível abrir o leque de atuação do banco de investimento. “Existem outras possibilidades de financiamento na empresa pública que devem ser mais exploradas”, avaliou Barella.
O dinamismo que o governo federal busca, visa trazer mais efetividade aos serviços prestados pelas atuais estatais. “A ideia é ter empresas com toda a eficiência de mercado, mas com controle estatal. O cerne das políticas é esse, ter habilidade de mercado própria de empresas privadas, como versatilidade, flexibilidade e rapidez, mas com controle público, buscando metas e focando em resultado”, disse.
Durante os oito anos de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi possível perceber uma forte retomada do papel do Estado na economia. O quantitativo de empresas estatais passou de 131, em 2003, para 147 em 2010. Com isso, registraram-se investimentos de R$ 84 bilhões no ano passado. Na década anterior, a soma chegou a R$ 11,6 bilhões.
No momento, a proposta de nova estatal do atual governo é criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), cujo projeto tramita no Congresso Nacional. O objetivo é que a administração de hospitais universitários federais e a regulação da contratação de pessoal das unidades fiquem sob a responsabilidade da empresa pública. Atualmente, o controle é feito pelas fundações de apoio das universidades.
Fonte:
Agência Brasil
16/11/2011 14:40
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